quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O mapa da comunicação brasileira


O MAPA DA COMUNICAÇÃO BRASILEIRA foi lançado na quarta-feira, 14 de setembro, em São Paulo, na presença de mais de 80 gestores de Comunicação do setor privado e público e especialistas.
O MAPA é a maior pesquisa sobre Comunicação Organizacional do País,  feita a cada dois anos pelo Instituto FSB Pesquisa.
O MAPA 2011 é resultado de amplo estudo baseado num conjunto de entrevistas em
semi-profundidade feitas com 100 gestores da Comunicação junto a 70 das mil
maiores empresas que operam no País (brasileiras e estrangeiras) e a 30 dos 100
principais órgãos públicos do Brasil.
Faça o download do mapa da comunicação.
Faça o Download da apresentação do Mapa em .PDF


domingo, 4 de setembro de 2011

Entrevista: Arianna Huffington




'Huffington Post' chega ao país atrás do 'sonho brasileiro'

A empresária que criou e dirige o site americano, que ganha versão local até o fim do ano, diz que traz projeto ao país de olho na classe C

James Della Valle
Arianna Huffington: modelo de sucesso comercial agora mira público brasileiro
Arianna Huffington: modelo de sucesso comercial agora mira público brasileiro (Reprodução)
O badalado Huffington Post chega ao Brasil até o fim do ano. Vai repetir por aqui a fórmula usada nos Estados Unidos (e também no Canadá e Grã-Bretanha): publicar em seu site reportagens e artigos produzidos por uma equipe de 130 jornalistas e também textos assinados por um time variável de cerca de 9.000 colaboradores blogueiros não remunerados. Lá fora, a receita provou-se um sucesso comercial, tanto assim que o endereço foi comprado em fevereiro pela América Online por 315 milhões de dólares  a expectativa é que ele lucre 50 milhões de dólares neste ano. Do ponto de vista da qualidade, contudo, deixa a desejar, misturando conteúdos apurados com outros de baixo quilate. A audiência do Huffpo, como foi apelidado, supera os números de publicações tradicionais americanas, como os do jornal The New York Times, mas sua reputação ainda está longe disso. À frente desse negócio está a grega Arianna Huffington, de 61 anos, sua fundadora. A empreitada brasileira, que terá um parceiro nacional ainda não revelado, pretende aproveitar a ascensão da economia local. "No Brasil, a classe C cresce enquanto as pessoas abandonam a pobreza. Curiosamente, nos Estados Unidos o movimento é o inverso: as pessoas estão se movendo da classe média para a pobreza", diz. É hora, nas palavras da empresária, do "sonho brasileiro". Arianna esteve no Brasil nesta semana para participar do Infotrends, evento sobre tendências digitais patrocinado pela revista Info e pela Editora Abril, que publica VEJA. Confira a seguir a entrevista que ela concedeu ao site.
Quais são seus planos no Brasil? Queremos que o projeto seja uma combinação de empreendimento jornalístico com a nossa plataforma de blogs, que vai fornecer conteúdo criado por algumas das vozes mais interessantes do Brasil. Parte desse material será enviado aos Estados Unidos, uma vez que lá há grande interesse no Brasil. Queremos levar o conteúdo criado aqui para a audiência internacional.
A senhora já se reuniu com empresas para trazer o Huffington Post ao Brasil. O que espera dessas companhias? Basicamente, queremos que elas nos ajudem a combinar o jornalismo brasileiro com a nossa plataforma, que é baseada no empenho das pessoas. Procuramos motivar nossos usuários a escrever e compartilhar conteúdo, além é claro de oferecer um noticiário variado.
Quando teremos o Huffington Post aqui? Em breve, mas não há uma data ainda. Esperamos lançá-lo até o fim do ano.
Qual sua visão sobre o Brasil? O que vejo por aqui é fascinante. O Brasil está crescendo, apesar do nível de desemprego estar muito alto, se comparado ao dos Estados Unidos. A classe C cresce enquanto as pessoas abandonam a pobreza. Curiosamente, nos Estados Unidos, o movimento é o inverso: as pessoas estão se movendo da classe média para a pobreza. Cheguei a escrever um livro, o Third World America, a respeito do fim do "sonho americano" – que agora está se tornando no "sonho brasileiro". Sei que o país tem vários problemas, mas está em ascensão. Empresários de outros países estão começando a investir no Brasil, inclusive na infraestrutura do país.
Como a senhora definiria o modelo de negócios do site? O Huffpo é totalmente baseado em publicidade, sem assinaturas. Acreditamos no sucesso desse modelo de economia "linkada", que pode ajudar a monetizar também os blogs dos colaboradores.
Atualmente, a senhora emprega jornalistas, uma mudança em relação ao nascimento do site, que usava apenas colaboradores. Por que a alteração? Temos cerca de 130 jornalistas trabalhando em nossos sites. Tudo é separado entre nosso empreendimento jornalístico e nossa plataforma de conteúdo, que é utilizada por milhares de blogueiros. Cada grupo tem a sua função.
Como manter esses blogueiros trabalhando de graça? Na verdade, eles não estão trabalhando de graça. Eles só escrevem quando querem e quando têm algo a dizer. Eu estou falando com você de graça, porque assim minhas ideias terão maior alcance. O mesmo acontece quando alguém vai à TV conceder uma entrevisa para exibir seus projetos. Nossos colaboradores têm deadlines (prazo para entrega dos textos), mas gostam de produzir.
E como administrar essa falta de comprometimento do colaborador? Felizmente, temos jornalistas que produzem conteúdo. Não dependemos dos blogueiros para colocar as notícias no ar, mas as opiniões e reações dos colaboradres são muito valiosas.
O site recebe uma enorme quantidade de comentários: como lidar com isso também?Nós acabamos de chegar a 100 milhões de comentários, com uma média mensal de 5 milhões. Isso prova que o Huffington Post é um sucesso na rede. Mas é bom lembrar que a moderação de comentários é essencial, pois as pessoas querem entrar no site e ver uma discussão civil.
A audiência do site já superou a de publicações tradicionais, como a dos endereços eletrônicos do New York Times e Washington Post. O que isso significa para o projeto?Huffington Post tem apenas seis anos de idade. Essa posição mostra a força do novo meio combinado às práticas do jornalismo, como apuração e checagem de fatos, por exemplo.
Como vai sua relação com a América Online? Muito bem. A aquisição permitiu a expansão da nossa plataforma, além de nos ajudar com os mais de 200 milhões de visitantes mensais. Com a AOL, partimos para uma expansão internacional.
A América Online pode voltar ao Brasil? Já está voltando, junto com o Huffington Post.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O consumidor virou mídia



Colunista convidado: Fernando Aguirre

Postos em xeque pela expansão das mídias digitais, os modelos de negócios do setor de comunicação, em geral, e de publicidade e propaganda vivenciam mudanças extremas com a quebra de muitos paradigmas. A internet revolucionou a comunicação e trouxe inúmeros desafios aos veículos, às agências de propaganda e aos anunciantes. Mas, ao mesmo tempo em que reduz gradativamente as receitas provenientes dos modelos tradicionais, a propaganda digital gera dúvidas quanto à forma de rentabilizar os negócios nas novas mídias.

Contrário à visão de “terra arrasada”, destaco a necessidade de integrar as duas formas de propaganda, on-line e tradicional, já que, no mundo digital, o ativo mais valioso é a reputação construída pela empresa no mundo off-line. Um dos maiores desafios da área de Marketing é criar projetos de propaganda e comunicação com retornos sustentáveis e inseridos em uma visão estratégica. Não faz sentido haver competição nem projetos dissociados entre as mídias tradicionais e o meio digital.



As mídias digitais romperam as fronteiras entre a agência, que cria, e o veículo, que apenas distribui. O que se vê, hoje, são agências veiculando e veículos criando. O mercado tem de trocar o modelo de propaganda em broadcast para um modelo socialcast, principalmente, por conta do gigantesco volume de dados que as redes sociais acumulam sobre o comportamento das pessoas e comunidades, algo impossível de se reunir pelos meios tradicionais, por intermédio de institutos de pesquisas.



Elas também afetaram diretamente outro pilar da indústria da propaganda: as pesquisas por amostragem. Como era muito caro coletar informações individualizadas, a alternativa viável era ouvir um grupo de mesmo perfilsociodemográfico e extrapolar o resultado para todo o conjunto de pessoas com as mesmas características. A internet barateou muito a coleta de dados, permitindo traçar o comportamento individual de clientes/consumidores.



À medida que quebram modelos e derrubam barreiras, as mídias sociais exigem novos modelos de negócios em publicidade e mudam a forma de encarar a propaganda, que agora tem de se voltar para o interesse do consumidor. A realidade emblemática do novo panorama é que o consumidor também virou mídia. Hoje, qualquer cliente tem no celular sua “central de produção” e na internet, seu veículo de comunicação. Neste novo cenário, falar em agência tradicional versus agência digital ou opor a internet às demais mídias são falsos dilemas. O que vale é o poder de adaptação à nova realidade.

Jornal: O GLOBO          Autor: 
Editoria: Economia     Tamanho: 410 palavras
Edição: 1         Página: 29
Coluna:            Seção:
Caderno: Primeiro Caderno   
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Fundador do Wiakileaks ataca "NYT" e "Guardian"



Julian Assange diz que mídia sonega informações por temer retaliação dos ‘donos do poder’

ASSANGE fala pela primeira vez a uma plateia brasileira, via teleconferência. O ativista está em prisão domiciliar há 267 dias após vazar no Wikileaks documentos do governo americano


SÃO PAULO. O ciberativista Julian Assange, fundador do Wikileaks — responsável pelo vazamento de milhares de telegramas produzidos por diplomatas do Departamento de Estado dos EUA ao redor do mundo — criticou as grandes organizações de mídia dos países ocidentais, em especial os jornais “The New York Times”, dos EUA, e “The Guardian”, da Inglaterra, por descumprirem acordos de divulgação dos segredos de Estado guardados pela organização, inclusive sonegando informações vitais por medo de retaliações dos governos e das empresas envolvidos nas denúncias.

De Norfolk, na Inglaterra, onde se encontra sob prisão domiciliar, Assange afirmou via teleconferência que o Wikileaks não divulga o nome de suas fontes em situações de risco (em que possam ser injustamente presas ou até mesmo assassinadas). Uma nota oficial publicada ontem no site da instituição acusa um jornalista do “Guardian” de ter “negligentemente” revelado a identidade das fontes em mais de 150 mil telegramas diplomáticos revelados recentemente. A organização acusa também uma pessoa na Alemanha de comercializar ilegalmente senhas de acesso exclusivo a este material.


— Desde que começamos a revelar os telegramas diplomáticos americanos, tivemos cuidado em preservar nossas fontes. E isso é tão verdade que não há até agora a notícia de que qualquer pessoa tenha sido presa ou morta por conta dos segredos revelados, com exceção da minha própria pessoa. — disse Assange, vestido num amarrotado terno branco, na abertura do InfoTrends, evento que termina hoje em São Paulo e discute tendências em tecnologia, internet e mobilidade.

Foi a primeira vez que Assange conversou com uma plateia brasileira e que falou publicamente desde que foi determinada a sua prisão domiciliar há oito meses. Afirmou que está há 267 dias preso sem que tenha feita nenhuma acusação formal contra ele e que isso é a maior prova de como os governos ocidentais manipulam as leis a seu favor.

— Toda vez que os governos da Europa e dos EUA são alvos de revelações sobre o que fazem à revelia das populações de seus países, eles buscam uma tática diversionista para tirar a atenção do que de fato interessa, que são as manipulações de seus sistemas legais — disse ele, sobre a polêmica envolvendo a revelação de nomes de fontes nos telegramas da Wikileaks. — O fato é que o governo americano tem uma lista com mais de 20 mil pessoas que foram ou serão assassinadas no Afeganistão ou no Iraque, e a grande mídia americana não diz nada.



Primavera Árabe teria
se originado com Wikileaks



Na palestra, Assange creditou à instituição o fenômeno da Primavera Árabe — os protestos populares que derrubaram e ainda derrubam governos no Norte da África e Oriente Médio:

— Ela aconteceu principalmente porque revelamos as ligações das ditaduras da região com o governo americano, como foi o caso da Tunísia, do Egito e da Arábia Saudita.



Governos estariam nas
mãos de criminosos



Assange afirmou que muitos governos ao redor do mundo estão tomados por criminosos e destacou que os cartéis do crime organizado formados no México avançam sobre governos e parlamentos da América Central e do Sul, como El Salvador. Ele afirma que boa parte do conteúdo dos telegramas do Departamento de Estado americano revelados há um ano diz respeito a esta tomada dos poderes legislativo e executivo dos governos por criminosos de todos os tipos (de traficantes a corruptos), mas as mídias locais não revelam os nomes de políticos ou empresas por medo de retaliações financeiras e processos na Justiça.

— Em muitos países, como no Brasil, nossos acordos foram respeitados, e as organizações trabalharam a favor das populações dos países. Mas em outros, como nos EUA e na Europa, jornais não tiveram a coragem de denunciar membros do governo ou empresas por medo de retaliações, já que estes grupos são os donos do poder. (Gilberto Scofield Jr.)
Jornal: O GLOBOAutor:  
Editoria: EconomiaTamanho: 690 palavras
Edição: 1Página: 30
Coluna:Seção:
Caderno: Primeiro Caderno 


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Medianeras


Medianeras

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Medianeras (Medianeras: Buenos Aires da Era do Amor Virtual (título no Brasil) ) é um filme argentino que estreou no Brasil em 2 de setembro de 2011. Foi filmado na Argentina e Espanha com atores de ambos países. A direção é assinada por Gustavo Taretto, tendo como protagonistas os atores Javier Drolas (Martín) e Pilar López de Ayala (Mariana). A história é narrada pelos personagens dos dois atores, que tentam se libertar das amarras da solidão que a cultura virtual e a arquitetura de Buenos Aires acarretaram para portenhos que vivem sozinhos.1
Quanto à temática central do filme, o diretor Gustavo Taretto explica que quis retratar uma solidão que não é dramática, mas "uma solidão a que já estamos acostumados. De todos os dias. Solidão urbana. A solidão que sentimos quando estamos rodeados de desconhecidos".2

http://www.imdb.com/title/tt1235841/