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sábado, 28 de maio de 2011
segunda-feira, 23 de maio de 2011
É a tecnologia estúpido !
ECONOMIA23/05/2011 Dependentes de gadgets, usuários se esquecem de coisas simples e raciocinam menos | |
André Machado O professor do MIT Nicholas Carr já disse em seu livro “The big switch” que a internet está nos deixando mais burros e dificultando o aprendizado. Agora, o jornalista especializado em TI Robert Vamosi, autor de “When gadgets betray us” (“quando os gadgets nos traem”), defende que não só a rede, mas nossa dependência crescente de PCs, celulares, tablets e afins está afetando nossa capacidade de raciocinar. Num trecho do livro, ele dá o exemplo de uma mulher tão concentrada no GPS de seu smartphone no interior da Inglaterra que, ao parar o carro e abrir a porteira de uma fazenda que a levava a seu destino, não viu que estacionara sobre uma linha de trem. Logo uma composição passou em alta velocidade e esmagou seu carro, a metros dela. “Pude sentir o vento no meu rosto”, contou ela. O vício em internet (em inglês, internet addiction disorder) já afeta entre 5% e 10% dos internautas, segundo números da Universidade de Harvard, nos EUA. Estudos do Centro para Comportamento na Internet acrescentam que 6% dos usuários são propensos a compulsão ao acessarem serviços como sites de sexo, jogos, apostas e compras. Já há centros para tratar essa dependência como o ICAS (Internet and Computer Addiction Services) e o reSTART Internet Addiction Recovery Program, que tem até 12 passos que lembram um pouco os dos Alcoólicos Anônimos. — Relatos de pais sobre a vida tecnológica de seus filhos demonstram que isso acontece com frequência — confirma o psiquiatra Maurício Tostes, do Hospital da UFRJ. — É preciso observar se a compulsão não é uma fuga de frustrações no trabalho, no estudo ou na vida pessoal. ‘Não sei nem mais o telefone de casa’ Entre os efeitos da dependência está a perda de velhos hábitos. Por exemplo: com memórias cada vez mais abundantes nos equipamentos, criam-se agendas intermináveis e a antiga capacidade de decorar números acaba ficando de lado. — Eu não sei mais nem o número de telefone da minha casa — confessa Alexandra Monteiro, diretora do Laboratório de Telessaúde da UERJ. — Creio que isso se deve às limitações de nossa memória cerebral, que, na nossa geração, não foi “treinada” para isso e vem perdendo as funções fisiológicas de armazenamento com o estímulo das diversas mídias. Bruno Salgado, diretor da empresa de consultoria de segurança Clavis, está tão dependente da tecnologia em sua vida que, numa viagem a São Paulo na semana passada, usou a internet até dentro do táxi, todos os dias. — Eu e meus colegas tínhamos dois eventos para ir — conta. — Mesmo sem saber o endereço, entrávamos no táxi e pedíamos que nos levasse a determinado bairro. Durante o trajeto, checávamos o endereço pela internet e o passávamos ao motorista. Também usávamos a web e o GPS para achar restaurantes nas redondezas de nosso hotel e verificávamos on-line o que havia no cardápio. Salgado lembra que hoje nem mesmo um apagão impede a navegação on-line, via notebooks e smartphones — pelo menos até o fim da bateria. A dependência — que pode, segundo as instituições especializadas, ocasionar compulsões específicas como o vício em teclar SMS — é mais visível na geração Y, que já nasceu conectada à rede e vive em função das redes sociais e afins. É o caso da estudante universitária Gabriela Caesar, tão apaixonada por seu iPhone que quase esqueceu a matemática. — Nas aulas de matemática na escola era proibido usar calculadora. Quando saí do colégio desaprendi a fazer conta — admite. — Uso a calculadora do iPhone para calcular qualquer coisa, como média de determinada matéria da faculdade. Quando recebo troco? Não confiro. E não sou a única, com colegas às vezes acontece o mesmo. Gabriela tem todos os seus contatos no iPhone, e usa intensamente o calendário para anotar tudo o que tem de fazer, além de dados das matérias na faculdade. Diz que não precisa se lembrar de nada, pois tem tudo no aplicativo, que a avisa. E é igualmente unha e carne com o Google. — Conheço alguém, ouço algo, já jogo no Mr. Google, o gênio da internet. Também procuro nele informações sobre mim, sobre minha imagem — diz. — E, de novo, não estou só. Você acha que o funcionário do RH que vai me contratar um dia não fará o mesmo? O mais recente grude de Gabriela é o iPad 2. Segundo ela, é impossível sair de casa sem checar o Twitter e os e-mails nele. Se vivesse nos EUA, certamente a estudante faria parte dos 35% dos usuários de smartphones que já os checam antes de levantar da cama, segundo pesquisa da Ericsson. Para a professora do Departamento de Informática da PUC-Rio Karin Breitman, as agruras e delícias de nosso relacionamento com a computação já eram previstas nos anos 60 pelo teórico da comunicação Marshall McLuhan, cujos ensinamentos vêm sendo resgatados agora, em pleno mundo digitalizado. — Numa frase de 1962, ele já dizia que o computador “apanharia a função enciclopédia do indivíduo e a jogaria numa linha privada com dados rapidamente gerados, e vendáveis” — lembra Karin. Já para Henrique Cukierman, professor do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação da COPPE/UFRJ, toda vez que surge um fato novo na história da humanidade, ganha-se e perde-se algo. — Quando o homem começou a andar ereto, seu equilíbrio ficou mais instável, mas ele ganhou o movimento de pinça nas mãos e pôde usar a boca para articular a fala — afirma Cukierman. — Da mesma forma, com a tecnologia digital, ganha-se em algumas áreas e perde-se em outras. Além do mais, a vida do ser humano no coletivo depende de artefatos. Estou falando com você por um deles (o telefone) agora mesmo. |
quarta-feira, 11 de maio de 2011
Cientistas desenvolvem sistema para conversar com golfinhos
Um sistema desenvolvido nos Estados Unidos vai tentar travar uma comunicação de mão dupla entre homens e golfinhos. Um mergulhador com um computador que tenta reconhecer os sons emitidos por esses animais e gera resposta em tempo real em breve tentará se comunicar com eles ao largo da costa da Flórida. Se a tentativa der certo, será um grande passo em direção à comunicação entre os homens e esses animais.
Desde os anos 1960, golfinhos criados em cativeiro têm se comunicado via fotos e sons. Nos anos 1990, Louis Herman, do Kewalo Basin Marine Mammal Laboratory, em Honolulu, no Havaí, descobriu que os ruídos dos golfinhos podem acompanhar mais de 100 palavras diferentes. Eles também podem responder apropriadamente a comandos nos quais as mesmas palavras aparecem em ordem diferente, entendendo a diferença entre "traga a prancha de surfe para o homem" e "traga o homem à prancha de surfe", por exemplo.
- Mas a comunicação na maioria dessas experiências feitas anteriormente era apenas de uma via - diz à "New Scientist" Denise Herzing, fundadora do projeto Golfinhos Selvagens em Jupter, na Flórida. - Eles criam um sistema e esperam que os golfinhos aprendam, e eles aprendem sim, mas os animais não são capacitados para usar o sistema para pedir coisas aos humanos.
Desde 1998, Herzing e os colegas têm tentado uma comunicação de mão dupla com os golfinhos, primeiro usando sons rudimentares artificiais, depois colocando-os para associar os sons com quatro grandes ícones num "teclado" submerso.
Na experiência,os animais posicionavam seus corpos na direção de símbolos diferentes para fazer pedidos, como brincar com um pedaço alga, por exemplo. O sistema conseguiu captar a atenção dos golfinhos, mas não era atraente o suficiente para atingir os resultados esperados.
Herzing agora está colaborando com Thad Starner, num projeto de inteligência artificial do Georgia Institute of Technology, em Atlanta, chamado Audição e Telemetria dos Cetáceos (CHAT, na sigla em inglês). Eles querem trabalhar com golfinhos na cocriação de uma linguagem que utiliza recursos de sons que golfinhos selvagens usam em sua comunicação com naturalidade.
Saber ao que se deve prestar atenção na hora de escutar os sons é um grande desafio. Golfinhos podem produzir sons com frequências de até 200 kilohertz - cerca de dez vezes mais alto que podemos ouvir - e também podem alterar o som de um sinal, ou esticá-lo por um longo período.
Os animais também podem projetar sons em diferentes direções sem virar as cabeças, dificultando o uso de recursos visuais para identificar qual golfinho "disse" o que e descobrir o que um som significa.
Para gravar, interpretar e responder os sons de golfinhos, Starner e seus alunos estão construindo o protótipo de um dispositivo ao qual estarão acoplados um smartphone portando um computador e dois hidrofones capazes de detectar a vasta gama de sons dos golfinhos.
Um mergulhador irá carregar o computador numa caixa impermeável presa ao peito, e LEDs embutidos em sua máscara acenderão para mostrar onde se origina o som captado pelos hidrofones. O mergulhador também terá um dispositivo de mão que funciona como uma combinação de mouse e teclado - selecionando que tipo de som produzir para responder.
Os pesquisadores vão começar a testar o sistema com o golfinho-pintado-do-Atlântico (Stenella frontalis) no meio deste ano. No início, mergulhadores reproduzirão uma das oito "palavras" cunhadas pela equipe para expressar termos como "alga". O software irá escutar para verificar se os golfinhos imitam os barulhos. Se o sistema conseguir reconhecer estas palavras repetidas pelos animais, a ideia é usá-lo para resolver outro problema: escutar sons naturais de golfinhos e captar as principais características, que podem ser as unidades fundamentais da comunicação dos golfinhos.
Os pesquisadores não sabem o que essas unidades podem ser. Mas os algoritmos que eles estão usando são desenhados para identificar qualquer dado que não seja familiar e separar características interessantes. O software faz este trabalho assumindo um determinado estado para os dados e classificando características que se desviem dele. Depois ele agrupa tipos familiares de desvio e continua a fazer isso até ter extraído tudo o que for interessante.
Assim que essas unidades forem identificadas, Herzing espera combiná-las para produzir sinais iguais aos dos golfinhos que os animais consideram mais interessantes que palavras cunhadas pelos humanos. Associando comportamentos e objetos com estes sons, esta pode ser a primeira decodificação da estrutura básica da linguagem natural dos golfilhos.
Mesmo que eles consigam decifrar os significados e usá-los no contexto correto, trata-se de um enorme desafio.
- Nós nem sabemos se golfinhos têm palavras - Herzing admite. Mas acrescenta: - Poderíamos ver seus sinais, se começarmos a conhecê-los. Simplesmente não sabemos.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2011/05/10/cientistas-desenvolvem-sistema-para-conversar-com-golfinhos-nos-eua-924427814.asp#ixzz1M52Dr3tK
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Microsoft confirma a compra da Skype por US$ 8,5 bilhões
A Microsoft anunciou nesta terça-feira a compra da Skype por US $ 8,5 bilhões em dinheiro, tornando-se a maior e mais cara aquisição da companhia em seus 36 anos de existência. De acordo com a Microsoft, o contrato já foi aprovado entre os conselhos diretores das duas empresas.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/tecnologia/mat/2011/05/10/microsoft-confirma-compra-da-skype-por-us-8-5-bilhoes-924423854.asp#ixzz1M51j9I2A
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Estudo nos EUA defende repensar jornalismo on-line
NOVA YORK. A Universidade de Columbia divulgou ontem um estudo sobre jornalismo digital em que sugere que os jornais precisam repensar seu relacionamento com os anunciantes. Isso não significa dar aos anunciantes o controle editorial, mas apresentar alternativas ao estabelecimento de preços baseado no impresso e criar conteúdo valioso para a internet. Com esse estudo, a Escola de Jornalismo da universidade visa a ajudar jornais, revistas e TVs a competirem no mercado on-line.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/tecnologia/mat/2011/05/11/estudo-nos-eua-defende-repensar-jornalismo-on-line-924431591.asp#ixzz1M50xYR72
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terça-feira, 10 de maio de 2011
Bin Laden Morto - Direitos humanos na caverna
Por Muniz Sodré em 10/5/2011 (Observatório da Imprensa) | |
Durante muito tempo, a imprensa internacional usou a palavra "caverna" como lugar real e como imagem para o esconderijo de Osama bin Laden. Mas ela é também uma boa metáfora para o lado sombrio, tanto do líder terrorista quanto de seus executores. Findo o impacto inicial da notícia, a mídia começa a esquadrinhar os aspectos, digamos, "cavernosos" da operação militar. No jargão das narrativas de espionagem, tratou-se mesmo de uma wet operation, "molhada" ao pé da letra, porque seu objetivo é a produção de sangue do inimigo (aliás, o noticiário menciona a existência de baldes de sangue no quarto do terrorista). Os assassinatos comandados pelas agências secretas de segurança americanas são wet operations, identificadas por um codinome, ao qual se cola a sigla EKC (enemy killed in combat). |
sexta-feira, 6 de maio de 2011
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