segunda-feira, 30 de abril de 2018

Fusões Telecom USA

Resultado de imagem para canal meio logo

Sprint e T-Mobile, duas das quatro grandes operadoras de telefonia nos EUA, anunciaram sua intenção de se juntar em uma só companhia. Cabe agora aos reguladores dizer se há ameaça à competição. O nome que valerá é o da T-Mobile e os CEOs garantem que, com economia de escala, poderão baixar preços. Têm, ambas, tido dificuldades de enfrentar as concorrentes maiores, AT&T e Verizon. Combinadas, teriam 100 milhões de clientes.
Aliás... O negócio periga repercutir no Brasil. Se liberado, o governo americano estará reconhecendo que o mercado não é grande o suficiente para quatro operadoras. E, no Brasil, a Oi enfrenta dificuldades e pode muito bem ser comprada por uma das outras três.

domingo, 29 de abril de 2018

Sprint and T-Mobile have announced that they will merge

Resultado de imagem para the verge logo

The new company will be called T-Mobile

The number of major wireless carriers in the United States could shrink from four to three. Sprint and T-Mobile have announced that they intend to merge. The merger will need to be approved by regulators and the companies’ shareholders.
The combined company will be based in Bellevue, Washington, and it will be called T-Mobile. Current T-Mobile CEO John Legere will run the combined company, while T-Mobile COO Mike Sievert will become the new company’s COO and president. T-Mobile’s majority owner Deutsche Telekom will hold a 42 percent stake in the company, while Sprint’s majority owner SoftBank will hold 27 percent, with public stakeholders holding the rest. Sprint CEO Marcelo Claure and SoftBank CEO Masayoshi Son will sit on the combined company’s board.
The companies say that by combining, they’ll be able to lower prices and take advantage of “greater economies of scale.” The two companies have trailed their larger rivals, AT&T and Verizon, and the merger between Sprint and T-Mobile will help give them a boost as they begin to deploy their next-generation 5G network across the country. The combined company will have nearly 100 million customers.
The merger comes after years of on-and-off talks between the two companies. Sprint had been prepared to buy T-Mobile in 2014, but those talks didn’t go anywhere. They resumed those talks in May of last year and came close in September to reaching a deal, only for Sprint to call them off in October. T-Mobile then made its own offer in November, but that quickly collapsed as well. The talks resumed again earlier this month, and on Friday, CNBC said that the two were closing in on a merger to the tune of $26 billion.
While the two companies have agreed to merge, they still have an uphill battle before that actually happens: the deal will have to be cleared by regulators, who might not be happy about the smaller number of carriers. In 2011, a planned merger between AT&T and T-Mobile attracted fierce resistance from regulators, and it was ultimately canceled.

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Mídia, religião e política: igrejas cristãs intensificam presença na esfera pública

Resultado de imagem para le monde diplomatique logo



Igrejas ou de lideranças religiosas cristãs comandam nove dos cinquenta veículos de maior audiência no Brasil. Além de disputas na sociedade, mídias são utilizadas como instrumentos para que essas entidades avancem também na política institucional. Confira a seguir o quarto artigo da série sobre os proprietários da mídia no Brasil


Ao assumir a presidência da Câmara dos Deputados, em 2015, o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ex-membro da igreja Sara Nossa Terra e atual integrante da Assembleia de Deus Ministério Madureira, afirmou que “aborto e regulação da mídia só serão votados passando por cima do meu cadáver”. A frase diz muito sobre a forma como igrejas cristãs têm atuado no Brasil nas últimas décadas.
Conquistando cada vez mais espaço nas mídias de massa e assentos no Congresso Nacional, lideranças evangélicas e católicas atuam na esfera pública em defesa de valores considerados por elas como cristãos, sob a justificativa de que estariam agindo “em nome de Deus” e do direito de terem seus interesses representados, em uma visão de democracia que a define mais como um governo da maioria do que como um governo de todos.[1]
O sistema de mídia brasileiro, que permite a concentração da propriedade e da audiência nas mãos de poucos proprietários, também beneficia os grupos religiosos. No texto “Igrejas cristãs no topo da audiência”, parte desta sérieque discute os resultados da pesquisa Monitoramento da Propriedade da Mídia, mostramos que, dos cinquenta veículos de comunicação de maior audiência no Brasil, nove são de propriedade de igrejas ou de lideranças religiosas cristãs. Além disso, a programação religiosa é o principal gênero transmitido pelas redes de TV aberta do país, ocupando 21% do total de programação, segundo dados de 2016 da Agência Nacional de Cinema (Ancine).
Diante disso, compreende-se a afirmação de Eduardo Cunha contra a regulação da mídia. Ele mesmo foi alçado a liderança política através dos meios de comunicação. Em 1995, ganhou um programa na rádio evangélica Melodia FM, uma das rádios regionais de maior audiência no país, segundo o Kantar Ibope, de propriedade do deputado federal Francisco Silva. Em 2002, foi eleito deputado federal pela primeira vez. Em sociedade com Silva, Cunha foi também dono da rádio Satélite, em Pernambuco, vendida em 2007.

Iurd: audiência e voto como fonte de poder
Cinco dos nove veículos de grande audiência comandados por religiosos são controlados pelo bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd). Quatro fazem parte do Grupo Record e o outro – a rede de rádios Aleluia – pertence à Iurd. Além da audiência, a Universal conquista muitos votos. Quarta denominação evangélica brasileira em número de fiéis (1,87 milhão), segundo dados do IBGE de 2010, lideranças da Iurd são maioria no Partido Republicano Brasileiro (PRB) e disputam com parlamentares da Assembleia de Deus o maior número de representação evangélica no Congresso Nacional.[2]
Macedo fundou a igreja em 1977 e, desde o início dos anos 1980, alugava horário de programação em emissoras de rádio e de TV. Em 1984, conseguiu sua primeira concessão de rádio e, em 1986, elegeu o primeiro candidato iurdiano, o deputado federal Roberto Lopes, pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Em 1989, deu um grande passo ao adquirir as redes de rádio e TV Record. A compra foi intermediada pelo então deputado federal e pastor da Iurd Laprovita Vieira. Em 1991, fundou a gravadora Line Records, que lançou no ano seguinte o primeiro EP do engenheiro, missionário, bispo, compositor e cantor Marcelo Crivella, hoje com quinze álbuns gravados. Sobrinho de Macedo, Crivella se tornaria a principal liderança política da denominação.
Segundo informações sistematizadas por Janaína Aires e Suzy dos Santos,[3] a participação da igreja no congresso foi crescente. Elegeram três deputados federais em 1990, quatro em 1994, treze em 1998; em 2002, além de dezesseis deputados, elegeram um senador, Marcelo Crivella, pelo Partido Liberal (PL-RJ). Em 2006, já com a sigla PRB, a igreja elegeu apenas quatro deputados federais, depois do escândalo de corrupção e desvio de verbas públicas envolvendo uma de suas principais lideranças, o Bispo Rodrigues. Mas o seu poderio político voltou a crescer: em 2010, elegeram nove e, em 2014, 21 deputados. Em 2016, elegeu Marcelo Crivella prefeito da cidade do Rio de Janeiro. Atualmente, o partido conta com 1.627 vereadores, 104 prefeitos, 38 deputados estaduais, 22 deputados federais, 1 senador e 1 ministro.
Ainda segundo dados sistematizados por Aires e Santos, 19 dos 26 congressistas do PRB eleitos para a 55a legislatura têm vínculos com empresas de comunicação e 14 deles com a Record. Os veículos de comunicação do bispo Macedo ajudam a projetar diversas lideranças políticas. Em seu terceiro mandato como deputado federal, o pastor da Universal Antônio Bulhõesparticipou, por nove anos, do programa Fala que eu te escuto, o principal programa da Iurd, veiculado nas madrugadas da Record TV. Além disso, apresentou o programa Retrato de Família, na Record News.
Embora seja católico, outra liderança do PRB que se projetou na televisão foi Celso Russomanno. Sua carreira começou em 1986, nas rádios Manchete e Bandeirantes. Em 1991, tornou-se repórter do programa Aqui Agora, do SBT, no qual ficou conhecido por reportagens focadas no direito do consumidor. Em 1994, elegeu-se deputado federal, pelo PSDB. Passou pelo PFL (atual DEM) e pelo Partido Progressista (PP). Desde 2011, integra o PRB e a equipe de repórteres da Record TV, apresentando o quadro Patrulha do Consumidor, no Cidade Alerta. Em 2014, foi o mais votado deputado federal por São Paulo, puxando votos para outros deputados da legenda.

Outros grupos evangélicos na mídia e na política
Outros grupos evangélicos que aparecem na lista dos cinquenta veículos de maior audiência no país, segundo o MOM Brasil, são a Igreja Apostólica Renascer em Cristo e a Igreja Adventista do Sétimo Dia. A Renascer é dona da Rede Gospel de televisão, 11a em audiência. Já a Adventista é dona da Novo Tempo, 12a rede nacional de rádio.
Nenhuma das duas se articula em torno de um partido, mas a Renascer possui uma atuação política através de suas lideranças ou de parcerias com lideranças de outras igrejas. Geraldo Tenuta Filho, o Bispo Gê, presidente da Renascer e comentarista na Rede Gospel de televisão, foi deputado estadual e federal por São Paulo em diferentes partidos (foi filiado ao PSDB, ao PTB, ao então PFL e ao PMDB). Na Câmara dos Deputados, foi titular, entre outras, das comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática.
A Renascer também tem ligação com uma das principais lideranças evangélicas do Congresso Nacional, o senador Magno Malta (PR-ES). Membros da Assembleia de Deus, Magno Malta e sua esposa, a cantora gospel e ex-deputada federal Lauriete Rodrigues (PSC-ES), apresentam o programa de entrevistas Visão de Vida, na Rede Gospel. O senador é presença constante também na Marcha para Jesus, evento realizado pela Renascer, desde 1993, e que, tendo artistas da música gospel como principal atração, já chegou a reunir cerca de 2 milhões de pessoas em São Paulo, em 2013.
Já a Igreja Adventista do Sétimo Dia não possui candidatos oficiais, embora também tenha sido beneficiada com concessões de rádio e TV no processo Constituinte (a concessão de sua primeira emissora de rádio, embrião da rádio Novo Tempo, é de 1989). A igreja apresenta diretrizes para a atuação política de seus pastores e leigos, pelas quais declara que não apoia nem possui partidos políticos e candidatos oficiais, não permite a realização de reuniões políticas em seus templos e determina que políticos que sejam adventistas se licenciem de suas atividades da igreja. No entanto, orienta seus membros a participarem de eleições e escolherem candidatos “que defendam os princípios de temperança – o que inclui combate ao fumo e bebidas alcoólicas – questões de liberdade de expressão religiosa, separação entre Igreja e Estado e que efetivamente tenham propostas concretas para melhorar a qualidade de vida da população em geral especialmente nas áreas de saúde, educação e família”.[4]

Mídia e política na Igreja Católica
Se as TVs e os grandes eventos oferecem palanque para os políticos religiosos e suas propostas, é também graças à atuação política que as igrejas conseguem suas concessões públicas de rádio e TV. Segundo levantamento já citado de Aires e Santos, na última década o número de concessões de geradoras e de retransmissoras de televisão ligadas a entidades religiosas saltou de 1.687 para 2.841, um crescimento de 69%, acompanhando o crescimento do número de parlamentares religiosos na Câmara dos Deputados. A Igreja Católica, especialmente por meio da corrente da Renovação Carismática, detém 40% das emissoras religiosas de TV. Uma delas é a Rede Vida, 8a em audiência segundo o MOM Brasil.
A Rede Vida foi iniciativa do jornalista João Monteiro de Barros Filho, dono do Grupo Monteiro de Barros de Comunicação, em Barretos (SP). A concessão foi obtida em março 1990, no último mês do governo de José Sarney (PMDB, 1985-1990), com a ajuda de Augusto Marzagão, amigo pessoal de Monteiro de Barros Filho que ocupou o cargo de secretário particular do presidente da República. A operação de concessão teve a assessoria do jurista e professor Ives Gandra da Silva Martins, membro da Opus Dei, organização conservadora católica. A expansão da rede contou com a articulação entre religiosos e políticos e é gerida pelo Instituto Brasileiro de Comunicação Cristã (Inbrac), cujo conselho superior é presidido por Dom Orani Tempesta, hoje arcebispo do Rio de Janeiro. Dom Orani foi presidente do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional, entre 2012 e 2014, defendendo a mídia religiosa como “liberdade de expressão”.
Da mesma forma que as redes de TV evangélicas, a Rede Vida apresenta políticos em sua grade de programação. Gabriel Chalita apresenta o programa Caminhos. Atualmente no PDT, ele foi vereador de São Paulo (PSDB), deputado federal (PMDB), secretário municipal de Educação na gestão de Fernando Haddad (PT) e secretário estadual de Educação na gestão Geraldo Alckmin (PSDB), além de candidato a vice-prefeito na chapa de Haddad em 2016. A política também está no cerne de programas de entrevistas, como o Anatomia do Poder, apresentado por Ives Gandra.

Outras lideranças religiosas na mídia de maior audiência
Se as redes de rádio e TV controladas por lideranças e instituições religiosas ajudam a projetar políticos cristãos, outras lideranças ganham visibilidade através de redes laicas de grande audiência, como a Rede TV! e a Band. Entre elas, o pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC). Malafaia apresenta o programa Vitória em Cristo, transmitido pela Band aos sábados, ao meio dia. O pastor também é frequentemente ouvido por jornalistas como “representante” dos evangélicos,[5] embora os brasileiros que se declaram assim sejam heterogêneos e não possuam uma representação oficial.
Depois de apoiar o PT em 2002, Malafaia se tornou ferrenho opositor do partido a partir de 2006. Como mostra Christina Vital da Cunha, Paulo Victor Leite Lopes e Janayna Lui, tornou-se um dos articuladores do chamado “voto evangélico” a partir de 2010, sendo um dos articuladores da campanha do deputado federal Marcos Feliciano (PSC) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, em 2013, e para a candidatura presidencial do Pastor Everaldo (PSC), em 2014. Seu irmão, Samuel Malafaia, é deputado estadual (PSD-RJ), e o ex-diretor de eventos da ADVEC, Sóstenes Cavalcanti (DEM-RJ), é deputado federal.

Que “valores cristãos” são colocados em debate na esfera pública?
Os slogans de algumas redes de rádio e TV religiosas apresentadas na pesquisa, como Rede Vida – o “canal da família” – e Rede Aleluia – “a rede da família” –, e a programação voltada para a defesa de valores considerados como cristãos, coincidem com grande parte da atuação de igrejas evangélicas e católicas no sistema político brasileiro. A defesa de questões morais, da chamada “família tradicional”, a condenação da homossexualidade e do aborto são algumas pautas que reúnem grande número de evangélicos e católicos de diferentes correntes doutrinárias – especialmente pentecostais e carismáticos – em sua atuação no Congresso Nacional.
A Frente Parlamentar Mista Católica Apostólica Romana trabalha associada à Frente Parlamentar Evangélica em vários assuntos, como afirmou o seu coordenador, o deputado federal católico Givaldo Carimbão (Pros-AL), em entrevista ao programa Com a Palavra, da Rádio Câmara. A motivação da frente, segundo Carimbão, é impedir legislações que rasgariam, na sua visão, a “lei de Deus”, como a legalização do aborto e da eutanásia e a inclusão de “políticas de gênero” no Plano Nacional de Educação.
Mas a atuação religiosa na política também envolve outros temas de interesse das igrejas, como a isenção de impostos a igrejas e escolas religiosas, o financiamento para projetos culturais[6] e para veículos de comunicação religiosos e a distribuição das concessões da radiodifusão. Com diferentes ênfases, parlamentares investem nessas pautas que têm relação mais com seus interesses religiosos e institucionais do que com os assuntos de interesse de toda a sociedade. Segundo Ronaldo Almeida, enquanto a Assembleia de Deus atua principalmente em questões morais, dando grande atenção à Comissão de Direitos Humanos e Minorias, os deputados da Iurd, que já causaram polêmica no mundo religioso ao defender o aborto, enfatizam projetos ligados a gestões dos negócios, principalmente nos meios de comunicação.[7]

Movimento ecumênico e outras visões sobre o cristianismo nas redes sociais
Os religiosos “midiáticos” de maior visibilidade pertencem a um pequeno grupo de cristãos evangélicos e católicos que também ganham espaço na esfera pública a partir de sua atuação política. O centro de sua atuação – e aquilo que os une, como disse o deputado federal Carimbão – é a defesa de determinados valores morais e o combate aos direitos conquistados por mulheres e LGBTs nos últimos anos. São essas mesmas lideranças que ganham visibilidade na cobertura jornalística dos veículos laicos.
No entanto, o mundo religioso cristão é mais heterogêneo e complexo do que a atuação dessas lideranças, chamadas de “extremistas” por Christina Vital da Cunha, Paulo Victor Leite Lopes e Janayna Lui. Pesquisas do Datafolha de 2014 e 2015 indicam, realmente, uma correspondência entre o que pensam os evangélicos na sociedade e os parlamentares evangélicos no Congresso Nacional em relação à homossexualidade: 40,3% dos protestantes e 44,9% dos pentecostais acham que “a homossexualidade deve ser desencorajada por toda sociedade”, correspondendo aos 41,9% dos parlamentares pentecostais e 46,2% dos parlamentares protestantes que concordam com a mesma afirmação. No entanto, em outros temas, como mostram os pesquisadores, as opiniões não coincidem. Nas eleições presidenciais de 2014, por exemplo, a maior parte dos eleitores do Pastor Everaldo (PSC) eram contra o Estado mínimo defendido pelo candidato.[8]
Além disso, outra forma de atuação pública de religiosos tem se disseminado. Como mostrou Tatiane dos Santos Duarte,[9] os movimentos ecumênicos cristãos de pautas progressistas não ganham espaço nas mídias de maior audiência nem nas reflexões acadêmicas, mas vêm construindo ações que se utilizam, principalmente, das redes sociais. Entre eles, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs no Brasil (Conic), a Koinonia e a Rede Ecumênica da Juventude (Reju). Essas entidades e coletivos já realizaram campanhas virtuais como “Religiosas e religiosos pela democracia” e uma campanha em defesa da laicidade do Estado que utilizava a hashtag #nãoemnomedeDeus. Realizaram também ações voltadas para o Congresso Nacional, como o envio de cartas públicas aos parlamentares e a realização de eventos com o apoio de parlamentares progressistas.

*Olívia Bandeira é jornalista, doutora em Antropologia e integrante do Intervozes

[1] Vital da Cunha, Christina; Lopes, Paulo Victor Leite; Lui, Janayna. Religião e Política: medos sociais, extremismo religioso e as eleições de 2014. Rio de Janeiro: Fundação Heinrich Böll Brasil & Instituto de Estudos da Religião (ISER), 2017.
[2] Nas eleições de 2014, o PRB elegeu 21 deputados federais e o Partido Social Cristão (PSC), mais ligado à Assembleia de Deus, elegeu 12.
[3] Aires, Janaína; Santos, Suzy dos. Sempre foi pela família: mídias e políticas no Brasil. Rio de Janeiro: Mauad, 2017.
[5] Este material do portal IG ilustra bem como a mídia ajuda a projetar determinadas lideranças como representantes de um grupo, no caso, os evangélicos: http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2012-10-11/pastor-silas-malafaia-se-consolida-nas-eleicoes-como-lider-politico-nacional.html.
[6] Em 9 de janeiro de 2012, foi aprovada no Congresso, a partir do trabalho conjunto de parlamentares evangélicos e católicos, a lei n.12.590 que reconhece o gospel como “manifestação cultural” passível de captar recursos através da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).
[7] Almeida, Ronaldo de. “Os deuses do parlamento”. Novos Estudos. São Paulo: Cebrap. Especial jun. 2017, p.71-79.
[9] Duarte, Tatiane dos Santos. “A militância política de grupos ecumênicos na construção da democracia brasileira”. In: Vital da Cunha, Christina; Lopes, Paulo Victor Leite; Lui, Janayna. Religião e Política: medos sociais, extremismo religioso e as eleições de 2014. Rio de Janeiro: Fundação Heinrich Böll Brasil & Instituto de Estudos da Religião (ISER), 2017.

4 Mídia, religião e política: igrejas cristãs intensificam presença na esfera pública
5 Afiliações políticas na mídia brasileira (abril)
6 Mídia antipetista: quem controla O Antagonista? (maio)
7 A expressão regional do monopólio midiático (junho)
8 Monopólios da mídia: o que mudou e o que não mudou com a internet? (julho)
9 Antigo, permissivo e ineficaz: o marco regulatório das comunicações no Brasil (agosto)

Igrejas cristãs no topo da audiência

Resultado de imagem para le monde diplomatique logo



Pesquisa realizada pelo Intervozes em parceria com a Repórteres Sem Fronteiras mostra a forte presença de igrejas evangélicas e católicas nos cinquenta veículos de comunicação de maior audiência, representando um risco ao pluralismo e à diversidade no país. Confira a seguir o terceiro artigo da série sobre os proprietários da mídia no Brasil


A utilização das mídias por igrejas no Brasil não é um fenômeno novo, mas tem crescido e atingido novos patamares. Hoje, a mídia religiosa não é composta apenas por veículos de nicho. Os conteúdos religiosos circulam cada vez mais nos grandes meios de comunicação, seja naqueles que se definem como religiosos, seja nos veículos de interesse geral.
Este é um dos resultados da pesquisa Monitoramento da Propriedade da Mídia (MOM Brasil), realizada em 2017 pelo Intervozes em parceria com a Repórteres Sem Fronteiras. Entre os cinquenta veículos de maior audiência no país – considerando os meios impressos, online, rádio e TV –, nove são de propriedade de lideranças religiosas, todas cristãs, dominantes no Brasil.[1] Os destaques estão na radiodifusão: entre as onze redes de TV de maior audiência, três são de propriedade de lideranças evangélicas (Record TV, Record News e Gospel TV) e uma de liderança católica (Rede Vida). Entre as doze redes de rádio, duas são evangélicas (Aleluia e Novo Tempo) e uma católica (Rede Católica de Rádio).
Já entre os dez sites de maior audiência e os dezessete veículos impressos pagos de maior tiragem, aparecem dois de propriedade de lideranças religiosas: o portal R7 e o jornal diário Correio do Povo, ambos do bispo evangélico Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd). Esse número seria maior se considerássemos jornais impressos de distribuição gratuita, que não entraram na pesquisa. A Folha Universal, da Iurd, por exemplo, tem tiragem de 1,8 milhão de exemplares, muito acima dos jornais diários de grande circulação, como a Folha de S.Paulo (cerca de 300 mil exemplares/dia) e das revistas semanais, como a Veja (cerca de 1,1 milhão de exemplares).[2]
Esse fato está associado a um contexto mais amplo, aquilo que analistas vêm chamando de “modalidades de presença” do religioso na esfera pública[3] ou ainda de “diferentes formas de produção de públicos e de publicidade pelos atores religiosos por meio de variadas tecnologias/artefatos de visibilidade”.[4]Ao contrário de um “afastamento das coisas do mundo”, como pregavam os protestantes na primeira metade do século XX, lideranças religiosas e leigos imbuídos de uma “missão” têm ocupado cada vez mais espaços diversos da sociedade, como a mídia, a indústria cultural, especialmente através da indústria fonográfica,[5] a política institucionalizada, além de projetos em educação, saúde e assistência social.
Embora o número de igrejas que utilizam os meios de comunicação seja grande, este texto se foca nos quatro grupos que se destacam por terem alcançado o ranking dos cinquenta veículos de maior audiência no país.

Igreja Universal do Reino de Deus
O bispo Edir Macedo, sua esposa Ester Bezerra e outros bispos da Iurd[6]aparecem no MOM Brasil como proprietários de cinco dos cinquenta veículos de maior audiência identificados pela pesquisa, o mesmo número de veículos pertencentes à família Saad, do Grupo Bandeirantes. Os dois grupos só perdem para o Grupo Globo, que possui nove veículos listados na pesquisa.
Como mostra a tabela acima, quatro dos cinco veículos ligados à Iurd fazem parte do Grupo Record. O quinto, a rádio Aleluia, é de propriedade de bispos da igreja. Além desses, o Grupo Record e a Iurd possuem outros veículos de menor audiência, também listados na tabela acima.
Edir Macedo fundou a Iurd em 1977, quando o teleevangelismo norte-americano já havia se disseminado por aqui. Desde o início dos anos 1980, o bispo alugava espaços em emissoras de rádio e TV para a apresentação de seus próprios programas de evangelismo. Mas seu império de comunicação começou a ser construído com a estratégia de comprar veículos de comunicação já existentes e bem estruturados. Essa forma de expansão tem paralelos com a estratégia utilizada pelo bispo em sua igreja: no início, em vez de construir novos templos, como é sua tendência atual, a Iurd preferiu alugar grandes teatros e cinemas desativados para seus cultos.[7]

Igreja Renascer em Cristo
A Igreja Apostólica Renascer em Cristo foi fundada em 1986, em São Paulo, por Estevam e Sônia Hernandes, já plenamente inserida na indústria cultural. O grande espaço litúrgico conferido à música, de diferentes gêneros musicais (rock, reggae, rap, samba etc.), atraiu principalmente os jovens, e, posteriormente, em associação com a Teologia da Prosperidade, passou a atrair também empresários e profissionais liberais. Foi a Renascer que popularizou o termo gospel no Brasil, no início dos anos 1990, quando Estevam Hernandes e o empresário Antônio Carlos Abbud fundaram a gravadora Gospel Records. A gravadora fechou as portas em 2010, no entanto, o ministério de louvor Renascer Praise, liderado pela Bispa Sônia, ganhou ainda mais notoriedade ao fazer parte do cast da major Universal Music.
Da mesma forma que Edir Macedo e a Iurd, a Renascer começou sua atuação no setor de comunicações, em 1990, alugando espaços em emissoras de rádio e TV. A primeira concessão veio em 1996, no governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Apesar de não estar na lista das maiores igrejas brasileiras em número de templos e de fiéis, os líderes da Renascer ganharam visibilidade através da mídia, com destaque para a Rede Gospel de TV, que conta hoje com 25 emissoras em seis estados brasileiros e no Distrito Federal, atingindo 170 cidades e cerca de 46 milhões de telespectadores.

Emissoras de rádio e TV da Igreja Católica
Dois veículos ligados à Igreja Católica aparecem na pesquisa: a Rede Católica de Rádio (RCR) e a emissora de TV Rede Vida. Embora a história da radiodifusão católica remonte aos anos 1940, ela se fortaleceu a partir da união de diferentes emissoras de rádio, ainda em 1976, com a criação da União de Radiodifusão Católica do Brasil (Unda-BR). A união é ligada à Unda mundial, associação laica com sede na Alemanha dotada de reconhecimento oficial pela Igreja Católica. Em 1994, algumas redes de rádio ligadas a Unda-BR fundaram a Rede Católica de Rádio (RCR), passando a compartilhar programação e a aglutinar audiência.
A RCR é uma associação de sete redes de rádio que produzem e distribuem conteúdos e programas para cerca de mil emissoras e geram transmissão em cadeia para em torno de 430 rádios em todo o território nacional. Diferentemente do sistema tradicional de afiliadas, a RCR não tem uma única geradora que reproduz conteúdo para suas subsidiárias, mas compartilha alguns programas entre sete sub-redes, listadas no infográfico abaixo, que têm programação própria. Com o processo de convergência tecnológica, em 2010, a Unda-BR foi absorvida pela criação da Signis Brasil – Associação Católica de Comunicação, subsidiária da Signis Bruxelas –, para englobar não apenas as emissoras de rádio, mas todas as mídia católicas.
Já a Rede Vida é originária de uma concessão pública obtida por um leigo católico, o jornalista e empresário das comunicações João Monteiro de Barros Filho, em 1990, com apoio do então bispo de Botucatu (SP), Dom Antônio Maria Mucciolo, e de Dom Luciano Mendes de Almeida, então arcebispo de Mariana (MG). A gestão da emissora foi transferida para o Instituto Brasileiro de Comunicação Cristã (Inbrac), fundado em 1992 por leigos católicos e religiosos, especificamente para manter a Rede Vida. Sua gestão é formada por conselhos compostos por religiosos e leigos.
Com cobertura em canal aberto VHF e UHF, TV por assinatura e antenas parabólicas, a Rede Vida está presente, segundo o portal da emissora, em todas as capitais brasileiras e nas quinhentas maiores cidades do Brasil, alcançando mais de 1.500 municípios.

Igreja Adventista do Sétimo Dia
A Igreja Adventista do Sétimo Dia é a sexta maior denominação evangélica do Brasil em número de fiéis (1,53 milhão de fiéis), atrás da Assembleia de Deus (12,3 milhões), da Batista (3,7 milhões), da Congregação Cristã do Brasil (2,2 milhões), da Iurd (1,87 milhão) e da Igreja do Evangelho Quadrangular (1,8 milhão). Foi fundada nos Estados Unidos em 1863 e, em 1896, chegou ao Brasil, estando presente hoje em 206 países.
Desde 1943 alugando horários de programação em emissoras comerciais, a Adventista conseguiu as concessões dos seus próprios veículos de comunicação em 1989, ainda no governo de José Sarney (PMDB, 1985-1990). Entre os cinquenta veículos de maior audiência, está a Rádio Novo Tempo, que começou a transmitir em rede em 1999 e é formada por dezoito emissoras em dez estados do Brasil, atingindo 893 cidades, além de outros países na América do Sul. A programação musical se beneficia de outra atividade da Igreja Adventista: a gravadora Novo Tempo. No entanto, da mesma forma que a Renascer em Cristo, artistas ligados à Igreja Adventista também foram contratados por gravadoras laicas, como a Sony Music e a Som Livre, e hoje circulam também em outros veículos de mídia de grande audiência.
Seguindo a orientação da sede mundial e sua visão de religiosidade e estilo de vida, a igreja possui também outros negócios em mídia, como editoras, livrarias e a produção de games. Além disso, tem negócios nas áreas de saúde (hospitais, plano de saúde, clínicas e SPAs), alimentação, educação superior, finanças (seguradora e plano de previdência) e ação social.

Para além da propriedade: a programação religiosa na mídia brasileira
Dos nove veículos de propriedade de lideranças religiosas listados na pesquisa, cinco direcionam todo o seu conteúdo para a defesa dos valores de sua religiosidade específica: as redes de rádio Aleluia, Novo Tempo e RCR e as emissoras de TV da Rede Gospel e da Rede Vida. Isso não significa que a grade de horários desses veículos seja formada exclusivamente por programas definidos formalmente como religiosos, como transmissão de missas, cultos e outras cerimônias. Na realidade, há uma variedade de programas que, no seu formato, se assemelham aos programas das redes laicas, como jornalismo, atualidades, entretenimento e entrevistas, com o diferencial de serem produzidos a partir de uma visão de mundo e de valores que esses grupos definem como cristãos. O carro chefe da Rede Gospel, por exemplo, é o De Bem com a Vida, programa no ar há mais de vinte anos. Apresentado pelas bispas Sônia e Fernanda Hernandes, é uma revista eletrônica voltada para o público feminino que trata de temas como saúde, culinária, beleza, família, artesanato e educação dos filhos.
Os outros quatro que aparecem na pesquisa, a Record TV, a Record News, o Portal R7 e o jornal Correio do Povo, todos do Grupo Record, são veículos comerciais que têm uma programação que concorre com outros veículos laicos de mídia. Classificar uma mídia como laica não significa dizer que a religiosidade não esteja presente. Estudo realizado pela Agência Nacional de Cinema (Ancine), em 2016, mostra que a programação religiosa é o principal gênero transmitido pelas redes de TV aberta do país, ocupando 21% do total de programação. A campeã é a Rede TV!, que teve 43,41% do seu tempo destinado a programas religiosos. Em seguida, vieram a Record TV, com 21,75%, a Band, com 16,4%, a TV Brasil, com 1,66%, e a Globo, com 0,58%. Das seis redes comerciais de TV aberta listadas na pesquisa, a única exceção é o SBT.
Os programas veiculados pela Rede TV!, pela Record TV e pela Band são produzidos sobretudo por igrejas evangélicas de diferentes denominações, neopentecostais, pentecostais e históricas. Há também missas católicas e apenas um programa de outra religião, o Seicho-No-Ie. Importante destacar que a Record TV exibe apenas programação da Iurd, durante as madrugas, além de três programas religiosos produzidos pela própria emissora e apresentados por bispos da Universal. Enfatizando seu caráter comercial, na grade da emissora há inclusive programas que contrariam a moral religiosa do grupo – hoje, por exemplo, a Record TV tem reality shows como A Fazenda, e o portal R7 faz cobertura especial de eventos como o Carnaval e tem um blog especializado em cervejas. Por outro lado, a Iurd paga a outras emissoras, como a Rede TV! e a Band, pela transmissão de seus programas fora do horário da madrugada.
Já a TV Brasil e a Rede Globo transmitem programas religiosos de produção própria ou independente. A TV Brasil, apesar de ser uma TV pública, exibe missa católica aos domingos. Além disso, exibe, também aos domingos, os programas religiosos Retrato de Fé (único programa inter-religioso identificado na pesquisa), Palavras de Vida e Reencontro.[8] A Rede Globo também exibe a Santa Missa católica, aos domingos. É importante acrescentar que o Grupo Globo é dono da Som Livre, que produz os álbuns dos padres cantores – campeões em vendas de discos no Brasil – e de artistas evangélicos, pelo selo Você Adora, e produz festivais de música gospel, como o Promessas.
A mídia impressa e os portais também apresentam conteúdo religioso fixo. Para citar dois exemplos, o jornal Extra, do Grupo Globo, tem entre seus colunistas o padre cantor Marcelo Rossi – que também tem um programa na Rádio Globo AM/FM – e a pastora e artista evangélica Aline Barros. Outro jornal impresso que tem um número significativo de colunistas religiosos é O Tempo, do Grupo Editorial Editora Sempre/Grupo SADA. Seu dono, Victorio Medioli, se define como budista e estudioso de filosofias e religiões. Prefeito da cidade de Betim, pelo Partido Humanista da Solidariedade (PHS), um partido cristão, fala constantemente sobre religiosidade em suas colunas. Além disso, o jornal abre espaço para uma variedade de lideranças cristãs católicas e evangélicas, além de lideranças do espiritismo kardecista.

Monopólio cristão, propriedade cruzada e arrendamento
As igrejas e lideranças religiosas cristãs não só estão presentes como proprietárias nos veículos de maior audiência no Brasil, como começam a formar seus próprios conglomerados de mídia, a partir da articulação de diferentes tipos de veículos e da concentração da audiência (a chamada propriedade horizontal dos meios de comunicação) e do investimento em outros negócios em mídia (propriedade cruzada).
Além disso, elas se fazem presentes em outros veículos comerciais de grande circulação, por meio da prática de arrendamento. O aluguel de horário é uma das principais fontes de receitas das emissoras de TV, algumas delas que passam por crise financeira, como informa o jornalista especializado em TV Flávio Ricco em relação à Band. Embora muitas emissoras neguem a prática, o arrendamento está sendo investigado pelo Ministério Público como prática ilegal. A venda de horários de programação pelas emissoras de TV e de rádio para terceiros é ilegal pois o concessionário deveria ser responsável pela programação (de produção própria ou independente).
A propriedade horizontal e cruzada dos meios de comunicação e o domínio das grades de programação são riscos ao pluralismo e à diversidade de vozes e visões de mundo que circulam no espaço público e, consequentemente, um risco à democracia.
A mídia brasileira está atrelada a interesses religiosos que se resumem ao cristianismo em suas vertentes católica e evangélica. Dentro do cristianismo, são privilegiadas apenas algumas denominações evangélicas e correntes do catolicismo, em detrimento de outras tendências existentes no mundo religioso brasileiro. As minorias religiosas do país – como as religiões de matrizes africanas umbanda e candomblé – não têm voz no sistema brasileiro de mídia de maior audiência e alcance.

*Olívia Bandeira é jornalista, doutora em Antropologia e integrante do Intervozes

[1] De acordo com o Censo 2010 do IBGE, os cristãos somam 87,4% da população, e 64,6% desses são católicos e 22,1% evangélicos. A Igreja Católica foi hegemônica no país até o final do século XX (representava 92% da população em 1970), mas vem perdendo fiéis nas últimas décadas, principalmente para igrejas evangélicas de influência pentecostal ou neopentecostal, que são aquelas que creem nos dons do Espírito Santo e em sua manifestação na terra. Entre as religiões minoritárias, estão a umbanda, o candomblé, o espiritismo, o budismo, entre outras, além dos ateus e agnósticos.
[2] Instituto Verificador de Comunicação – IVC, 2016.
[3] Giumbelli, Emerson. Símbolos religiosos em controvérsia. São Paulo: Terceiro Nome, 2014.
[4] Montero, Paula. “‘Religiões públicas’ ou religiões na esfera pública? Para uma crítica ao conceito de campo religioso de Pierre Bourdieu”. Religião e Sociedade, Rio de Janeiro, 2016, 36(1), p.128-150.
[5] Bandeira, Olívia. O mundo da música gospel entre o sagrado e o secular: disputas e negociações em torno da identidade evangélica. Rio de Janeiro: Tese de doutorado em Antropologia Cultural, UFRJ, 2017.
[6] A Iurd é a quarta denominação evangélica brasileira em número de fiéis (1,87 milhão), atrás da Assembleia de Deus (12,3 milhões), da Batista (3,7 milhões) e da Congregação Cristã do Brasil (2,2 milhões), em dados do IBGE de 2010.
[7] Almeida, Ronaldo de. A Igreja Universal e seus demônios: um estudo etnográfico. São Paulo: Terceiro Nome, 2009.

3 Igrejas cristãs no topo da audiência
5 Afiliações políticas na mídia brasileira (abril)
6 Mídia antipetista: quem controla O Antagonista? (maio)
7 A expressão regional do monopólio midiático (junho)
8 Monopólios da mídia: o que mudou e o que não mudou com a internet? (julho)
9 Antigo, permissivo e ineficaz: o marco regulatório das comunicações no Brasil (agosto)