WSJ Americas
Terça-feira, 8, Novembro, 2011
Por DANA CIMILLUCA, ETHAN SMITH e GINA CHON
O Universal Music Group, da Vivendi SA, está em negociações adiantadas para comprar do Citigroup Inc. a divisão de música gravada da EMI Group, passando à frente dos rivais em um leilão do qual recentemente havia se retirado, segundo pessoas a par do assunto.
Há meses o Citigroup vem tentando vender a EMI – tanto sua combalida divisão de gravadora, que abriga grupos como Coldplay e os Beatles, como a divisão de distribuição de música, mais bem sucedida. Depois de um leilão com muita oscilação, pessoas a par do assunto dizem que conversas sérias estão em andamento com a Universal e é possível que um acordo seja assinado ainda esta semana, embora esse prazo possa se dilatar. O principal concorrente da Universal para adquirir a EMI Music, a Access Industries, dona da Warner Music Group, parece resignada a perder o leilão, segundo duas dessas pessoas.
O processo de venda da divisão de gravadora da EMI, que pode alcançar cerca de US$ 1,5 bilhão, já teve muitas reviravoltas desde que foi iniciado pelo Citigroup em junho. Assim, a Universal ainda pode ser superada por um rival – ou o Citigroup pode decidir conservar por enquanto a divisão, que tomou de volta em fevereiro devido ao vencimento do empréstimo obtido pela firma de private equity Terra Firma para comprar a EMI inteira alguns anos atrás.
A volta da Universal ao cenário ocorre depois que a firma francesa chegou a um impasse com o Citigroup, no mês passado, acerca dos passivos de pensão da EMI. Na semana passada o Citigroup cedeu um pouco em sua posição sobre o assunto, o que parece ter reacendido as conversas entre as duas empresas. Em paralelo, a Warner Music, de propriedade do bilionário russo-americano Len Blavatnik, saiu da disputa na semana passada, sem conseguir entrar em acordo com o Citigroup sobre o preço.
A Warner ainda poderia comprar ativos que provavelmente teriam de ser vendidos por uma futura empresa combinando a EMI e a Universal, a fim de satisfazer as regras antitruste, segundo uma das pessoas.
Assumindo que o Citigroup consiga vender a divisão de música gravada, vai então se focar na unidade distribuição de música da EMI, que é mais estável. A divisão de música da Sony Corp. também está competindo por essa unidade, com uma parceria entre a firma de private equity KKR e a Bertelsmann AG. A EMI Music Publishing poderia alcançar até US$ 2 bilhões, segundo pessoas a par do assunto.
Se o Citigroup conseguir vender as duas divisões, isso representaria, de certa forma, um belo triunfo, dado que a turbulência financeira global e os ventos econômicos contrários reduziram o interesse pela EMI, empresa que já foi atingida por uma baixa histórica na indústria da música.
(Colaboraram Max Colchester e Anupreeta Das.)
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