O Globo
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Ritmo é maior do que o avanço do PIB. Casas Bahia, Unilever e Ambev são os maiores anunciantes do ranking
Ronaldo D’Ercole
ronaldod@sp.oglobo.com.br
SÃO PAULO. Mesmo com a economia perdendo fôlego em relação a 2010, o mercado publicitário brasileiro conseguiu crescer 8,8% no ano passado, taxa três vezes maior que a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), que foi de 2,7%. Os investimentos na compra de espaço pelos anunciantes nos veículos de comunicação (TV, jornais, revistas, internet, etc.) totalizaram R$ 28 bilhões, contra R$ 25,7 bilhões no ano anterior.
E o bolo total do mercado publicitário — que, além da mídia, inclui investimentos em produção, design, comissões das agências entre outros custos — saltou de R$ 35,9 bilhões para R$ 39 bilhões.
Descontada a inflação medida pelo IPCA, de 6,5%, o setor conseguiu 2,3% de expansão real em 2011.
— Se considerarmos que o PIB teve um desempenho fraco e que 2010 havia sido um ano fantástico (quando o mercado crescera 17,7%), o mercado publicitário foi muito bem — diz José Carlos de Salles Neto, presidente do grupo Meio & Mensagem, que divulga nesta semana o Ranking de Agências e Anunciantes 2011.
Na lista das maiores agências do país, a Young & Rubbican continuou com folga na liderança que ostenta há anos, graças em grande parte à conta da Casas Bahia, que, não por acaso, novamente aparece no topo do ranking de anunciantes. As surpresas ficaram com a segunda colocada, a Ogilvy Brasil, que ampliou seus negócios com a criação da 9ine, seu braço no marketing esportivo, capitaneada pelo ex-jogador Ronaldo — e que, de saída, já atraiu grandes clientes como a Procter & Gamble e a Ambev, entre outros —, e com o lançamento da David, uma nova agência.
Por uma pequena margem no volume de investimentos, a Ogilvy superou a Almap BBDO, que caiu do segundo para o terceiro posto.
Ao consolidar os negócios das agências Salles Chemistri e da GP 7, a Publicis PBC tomou o lugar da Africa, do grupo ABC, do publicitário Nizan Guanaes, na décima posição do ranking. Assim, o ranking de 2011 não traz nenhuma agência genuinamente brasileira entre as dez maiores — todas agora têm um sócio estrangeiro.
Rio se destaca entre anunciantes de governo
Na lista dos maiores anunciantes, Casas Bahia (com investimentos de R$ 1,26 bilhão), Unilever (R$ 995 milhões) e Ambev (R$ 516,3 milhões) se mantiveram no topo. Com aumento de 50% nos investimentos publicitários que somaram R$ 447,5 milhões, a Cervejaria Petrópolis, dona da Itaipava, saiu da nona para a quarta posição, posto que a Hyundai perdeu por ter reduzido em 24% seus investimentos.
Mesmo tendo ampliado apenas 2% sua verba, a Caixa Econômica Federal manteve-se como o quinto maior anunciante do país, e é o único banco que aparece entre os top dez.
Entre os chamados anunciantes de governo, o Rio de Janeiro destaca-se por aumentos expressivos nas verbas publicitárias tanto na esfera estadual, como na municipal. Com um incremento de 52% nos seus investimentos, que somaram R$ 29,6 milhões, o governo do Estado do Rio saltou da 14+ para a sexta posição no ranking do Meio & Mensagem, enquanto a Prefeitura subiu do 26, posto para o 11,, graças a um aumento de 112% em suas verbas publicitárias, de R$ 24,8 milhões em 2011.
Na esfera federal, o Ministério da Educação saltou do quarto para o primeiro posto, desbancando a pasta da Saúde.
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Ritmo é maior do que o avanço do PIB. Casas Bahia, Unilever e Ambev são os maiores anunciantes do ranking
Ronaldo D’Ercole
ronaldod@sp.oglobo.com.br
SÃO PAULO. Mesmo com a economia perdendo fôlego em relação a 2010, o mercado publicitário brasileiro conseguiu crescer 8,8% no ano passado, taxa três vezes maior que a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), que foi de 2,7%. Os investimentos na compra de espaço pelos anunciantes nos veículos de comunicação (TV, jornais, revistas, internet, etc.) totalizaram R$ 28 bilhões, contra R$ 25,7 bilhões no ano anterior.
E o bolo total do mercado publicitário — que, além da mídia, inclui investimentos em produção, design, comissões das agências entre outros custos — saltou de R$ 35,9 bilhões para R$ 39 bilhões.
Descontada a inflação medida pelo IPCA, de 6,5%, o setor conseguiu 2,3% de expansão real em 2011.
— Se considerarmos que o PIB teve um desempenho fraco e que 2010 havia sido um ano fantástico (quando o mercado crescera 17,7%), o mercado publicitário foi muito bem — diz José Carlos de Salles Neto, presidente do grupo Meio & Mensagem, que divulga nesta semana o Ranking de Agências e Anunciantes 2011.
Na lista das maiores agências do país, a Young & Rubbican continuou com folga na liderança que ostenta há anos, graças em grande parte à conta da Casas Bahia, que, não por acaso, novamente aparece no topo do ranking de anunciantes. As surpresas ficaram com a segunda colocada, a Ogilvy Brasil, que ampliou seus negócios com a criação da 9ine, seu braço no marketing esportivo, capitaneada pelo ex-jogador Ronaldo — e que, de saída, já atraiu grandes clientes como a Procter & Gamble e a Ambev, entre outros —, e com o lançamento da David, uma nova agência.
Por uma pequena margem no volume de investimentos, a Ogilvy superou a Almap BBDO, que caiu do segundo para o terceiro posto.
Ao consolidar os negócios das agências Salles Chemistri e da GP 7, a Publicis PBC tomou o lugar da Africa, do grupo ABC, do publicitário Nizan Guanaes, na décima posição do ranking. Assim, o ranking de 2011 não traz nenhuma agência genuinamente brasileira entre as dez maiores — todas agora têm um sócio estrangeiro.
Rio se destaca entre anunciantes de governo
Na lista dos maiores anunciantes, Casas Bahia (com investimentos de R$ 1,26 bilhão), Unilever (R$ 995 milhões) e Ambev (R$ 516,3 milhões) se mantiveram no topo. Com aumento de 50% nos investimentos publicitários que somaram R$ 447,5 milhões, a Cervejaria Petrópolis, dona da Itaipava, saiu da nona para a quarta posição, posto que a Hyundai perdeu por ter reduzido em 24% seus investimentos.
Mesmo tendo ampliado apenas 2% sua verba, a Caixa Econômica Federal manteve-se como o quinto maior anunciante do país, e é o único banco que aparece entre os top dez.
Entre os chamados anunciantes de governo, o Rio de Janeiro destaca-se por aumentos expressivos nas verbas publicitárias tanto na esfera estadual, como na municipal. Com um incremento de 52% nos seus investimentos, que somaram R$ 29,6 milhões, o governo do Estado do Rio saltou da 14+ para a sexta posição no ranking do Meio & Mensagem, enquanto a Prefeitura subiu do 26, posto para o 11,, graças a um aumento de 112% em suas verbas publicitárias, de R$ 24,8 milhões em 2011.
Na esfera federal, o Ministério da Educação saltou do quarto para o primeiro posto, desbancando a pasta da Saúde.
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