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terça-feira, 28 de junho de 2011
A nova divisão internacional do mundo
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Conheça os principais magnatas da mídia no mundo
O escândalo provocado pela revelação de que o tabloide News of The World, pertencente ao bilionário australiano Rupert Murdoch, teria grampeado celulares de milhares de pessoas aumentou a preocupação sobre o nível de controle exercido por uma só empresa na mídia britânica.
No entanto, em todo o mundo, empresas de mídia – seja veículos impressos ou de telecomunicações – são dominadas por magnatas que ostentam grandes fortunas e exercem influência considerável.
Conheça alguns dos principais nomes da mídia em diversos países:
Brasil
O mercado de mídia no Brasil é dominado por um punhado de magnatas e famílias.
Na indústria televisiva, três deles têm maior peso: a família Marinho (dona da Rede Globo, que tem 38,7% do mercado), o bispo da Igreja Universal do Reino de Deus Edir Macedo (maior acionista da Rede Record, que detém 16,2% do mercado) e Silvio Santos (dono do SBT, 13,4% do mercado).
A família Marinho também é proprietária de emissoras de rádio, jornais e revistas – campo em que concorre com Roberto Civita, que controla o Grupo Abril (ambos detêm cerca de 60% do mercado editorial).
Famílias também controlam os principais jornais brasileiros – como os Frias, donos da Folha de S.Paulo, e os Mesquita, de O Estado de S. Paulo (ambos entre os cinco maiores jornais do país). No Rio Grande do Sul, a família Sirotsky é dona do grupo RBS, que controla o jornal Zero Hora, além de TVs, rádios e outros diários regionais.
Famílias ligadas a políticos tradicionais estão no comando de grupos de mídia em diferentes regiões, como os Magalhães, na Bahia, os Sarney, no Maranhão, e os Collor de Mello, em Alagoas.
América Latina
No México, o grupo Televisa tem três canais de TV nacionais, duas operadoras de TV a cabo e um ramo editorial, além de ser dono de três clubes de futebol. O grupo ainda tem 5% das ações da Univisión, o maior canal hispânico dos Estados Unidos.
O diretor-executivo do grupo, Emilio Azcarraga Jean, é um dos mais influentes empresários do país.
Os programas da Televisa concentram 70% do mercado publicitário televisivo mexicano. O restante fica com a principal concorrente, a TV Azteca.
Na América Central, o mais importante magnata da mídia é o mexicano Ángel González, baseado em Miami e que controla 26 canais de TV e 82 estações de rádio em 12 países. Ele é acusado de usar as chamadas "empresas fantasmas" para contornar leis que restringem estrangeiros no comando dessas empresas, o que lhe rendeu o apelido de "Fantasma".
Na Colômbia, o segundo homem mais rico do país segundo a revista Forbes, Julio Mario Santo Domingo, tem participação nos negócios mais variados, de cervejarias a companhias aéreas. Ele se destaca, no entanto, por ser o dono da TV Caracol (com 58% da audiência e 52% do mercado publicitário, em dados de 2004) e do segundo jornal do país, o El Espectador.
O principal concorrente é o Casa Editorial El Tiempo, dono do maior jornal do país, o El Tiempo, além de várias revistas e de um canal de TV a cabo. A empresa é controlada pelo grupo espanhol Prisa.
Europa Ocidental
O velho continente é lar de um dos maiores opositores de Murdoch, o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, proprietário do conglomerado de mídia Mediaset.
Em 2009, a Sky Italia, uma empresa de TV a cabo pertencente a Rupert Murdoch, levou a Mediaset aos tribunais porque a rival vinha se recusando a vender espaço de anúncios para a concorrente.
O conflito ainda está de pé. O mais recente embate entre as maiores empresas de mídia privada da Itália se deu neste mês. A Sky Italia retirou de um dos pacotes oferecidos a seus assinantes um canal pertencente à Mediaset. A medida fez com que a Mediaset entrasse na justiça contra a concorrente com um pedido de indenização.
O Mediaset, criado por Berlusconi na década de 1970, forma, juntamente com a RAI (a empresa de TV estatal italiana), um duopólio de mídia na Itália.
O conglomerado conta com quatro emissoras de TV e com uma fatia do mercado equivalente a 41,3%. A RAI conta com um montante relativo a 36,9% do mercado.
Berlusconi também tem negócios em TV por assinatura, dois canais na Espanha e investimentos em companhias de TV e de publicidade. Ele conta ainda com ações da Endemol, uma companhia que produz conteúdo para mais de 20 países.
Na Alemanha, maior conglomerado de mídia é o Axel Springer, que conta com filiais em mais de 30 países. A empresa possui 230 jornais e revistas e também está presente nos setores de rádio e TVs.
O grupo possui o tabloide Bild, que tem uma tiragem de cerca de 3,5 milhões de exemplares por dia, a maior diária de um jornal em toda a Europa
Outro importante conglomerado de mídia é o grupo espanhol Prisa, que tem diversos investidores entre seus proprietários. Entre os acionistas majoritários estão o grupo americano Liberty e a família Polanco, que fundou o conglomerado.
Entre as posses do Prisa estão também o jornal El País, o canal de televisão Canal + e rádio Cadena Ser.
A empresa tem presença em mais de 20 países (principalmente na América Latina), onde tem investimentos em jornais, rádio e TV, entre outras indústrias de mídia.
Rússia
O governo russo continua a ser o maior controlador da mídia local desde que o ex-presidente e atual primeiro-ministro Vladimir Putin reestatizou o maior canal de TV do país, o ORT, em 2000. Ele também transferiu o controle privado do canal NTV para a petrolífera estatal Gazprom.
Além disso, o governo comanda o grupo Rossia, controlador das três únicas TVs de cobertura nacional, além de canais a cabo e dezenas de emissoras locais. Atualmente, o Kremlin controla todas as principais TVs russas.
A mídia impressa é menos concentrada. O principal jornal, o Kommersant, é propriedade do magnata Alisher Usmanov, um dos donos do time inglês Arsenal.
Outro magnata, o ex-espião da KGB Alexander Lebedev, é dono do principal jornal de oposição, o Novaya Gazeta. Ele também tem negócios no Reino Unido, onde controla os jornais The Independent e The Evening Standard.
África
A Nation Media Group (NMG) é a maior empresa de mídia do leste da África, com braços de mídia eletrônica e impressa. Aga Khan - o líder espiritual da comunidade ismaelita, um ramo do islamismo xiita - é o maior acionista da empresa, com 49% das ações.
No Quênia, o grupo é dono do jornal diário de maior circulação, o Daily Nation, além de outras duas publicações diárias e uma semanal, duas estações de rádio e uma emissora de TV.
Em Uganda, o NMG tem um jornal, o Daily Monitor, uma estação de rádio e uma emissora de TV. Na Tanzânia, Aga Khan se diz proprietário de duas publicações diárias.
O grupo também planeja sua expansão em Ruanda, onde tem planos de comandar um jornal diário e uma emissora de TV. Aga Khan tem o objetivo de estabelecer um conglomerado de mídia pan-africano.
Estados Unidos
A americana Anne Cox Chambers, 91 anos, controla o maior grupo de mídia do país, chamado Cox Enterprises, fundado por seu pai em 1898.
O império controla jornais, emissoras de rádio e TV e canais a cabo em diversos Estados americanos.
Segundo a revista Forbes, o patrimônio de Anne em 2010 estava em US$ 12,4 bilhões, duas vezes maior que o de Rupert Murdoch, dono da News Corporation, que controla, entre outros veículos, o jornal Wall Street Journal e a rede de TV Fox.
Sudeste asiático
Homem mais rico da Malásia, o empresário de origem chinesa Tiong Hiew King controla cinco jornais diários e 30 revistas nas comunidades de língua chinesa na Malásia, Hong Kong, Estados Unidos e Canadá.
O grupo também é dono do quarto maior jornal de Hong Kong e pretende agora ampliar seus negócios para o Camboja.
terça-feira, 14 de junho de 2011
Bill Keller é um cético, mídia prefere badaladores
NÃO DEU NO NYT
Alberto Dines em 14/06/2011 na edição 646
Amina Abdallah Arraf está há algumas semanas no noticiário identificada como blogueira, gay, inspiradora da revolta contra a ditadura de Bashar Hafez. Nas fotos é linda e misteriosa, no noticiário mais recente informa-se que foi capturada pelo governo.
domingo, 12 de junho de 2011
Amoeba, principal loja de discos dos EUA, comemora 20 anos resistindo à ditadura dos 'downloads'
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2011/06/11/amoeba-principal-loja-de-discos-dos-eua-comemora-20-anos-resistindo-ditadura-dos-downloads-924665819.asp#ixzz1ToIsCOQj
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segunda-feira, 6 de junho de 2011
Não é nuvem passageira
Mundo on-line, com potencial de US$ 1,4 trilhão, terá 15 bilhões de conexões em 2015 | |
André Machado Embora ainda nos agarremos a nossos HDs locais e arquivos que acumulamos ao longo dos anos, como músicas, textos e vídeos, já estamos todos voando dentro da grande nuvem de internet, derivada do conceito de computação em cloud. Nossas vidas pessoais e profissionais se misturam em arquivos no webmail, em redes sociais e blogs/microblogs, serviços de mensagens instantâneas e mesmo viajando nas redes wireless de smartphones e tablets. A cloud já é tida por experts como um mercado potencialmente trilionário. O e-universo social e corporativo comporta hoje 2 bilhões de usuários que acessam a internet por computadores. Os portadores de dispositivos móveis já são 5,3 bilhões de pessoas. Serviços que já estão aí há algum tempo, todos baseados em nuvem, têm números milionários: Skype, com 663 milhões de usuários; Facebook, com 629 milhões; Windows Live Hotmail, com 384 milhões; Messenger, com 330 milhões; Twitter, com 200 milhões; Gmail, com 193 milhões; e um grande etc. — Na verdade, nós estamos na nuvem há mais de 15 anos, e se você contar só as ferramentas Microsoft, tudo começou quando adquirimos o Hotmail. E o Messenger também é nuvem — lembra Paula Bellizia, gerente de Marketing e Negócios da Microsoft Brasil. A empresa lançou há pouco seu serviço de nuvem para pequenas empresas, o Windows Intune. Amit Singh, vice-presidente mundial de Vendas e Negócios da Google, que já tem 30 milhões de empresas usando seu serviço de aplicativos on-line Google Apps, diz que esse é um mercado para lá de gigante. — O potencial do mercado de nuvem é de US$1,4 trilhão (ao ano), o dobro do mercado de publicidade on-line — afirma Singh. Vulnerabilidade num caminho sem volta Pesquisa divulgada na semana passada pela Cisco projeta que, em pouco mais de três anos, os internautas serão 3 bilhões no mundo, e o número de equipamentos com conexão à rede chegará a 15 bilhões — com pelo menos duas conexões a essa nuvem por pessoa. De acordo com o estudo, no mesmo prazo atingiremos 1 zettabyte — ou um trilhão de gigabytes. Já de acordo outro estudo, da Avanade, esse zettabyte se multiplicará por 35 em 2020, segundo Tyson Hartman, diretor de Tecnologia da empresa. E esses 35 zettabytes de nuvem poderiam ser comparados a quê? O professor de Linguística Mark Liberman, da Universidade da Pensilvânia, fez uma conta: uma versão digital de tudo o que a humanidade já falou desde o início dos tempos exigiria um armazenamento de 42 zettabytes. Ou seja, estamos chegando lá... Esse é justamente o grande potencial da nuvem: guardar uma quantidade quase infinita de informação (textos, dados, músicas, fotos, vídeos) e acessá-la de onde estivermos, via PC ou celular. — A nuvem de internet já se encontra num estágio tal que não tê-la equivale a não ter um internet banking disponível. Não dá mais para viver sem isso — diz Gustavo Robichez de Carvalho, gerente de Tecnologia do Laboratório de Engenharia de Software (LES) da PUC-Rio. — Na verdade, nós já a usamos sem saber, mesmo que ainda não haja um amadurecimento, principalmente por parte das empresas, para gerir riscos corretamente dentro da nuvem. Mas o desconforto de não tê-la é pior do que a insegurança de tê-la. De fato, a questão da segurança é um fator inquietante no conceito de nuvem, já que, se você pode acessar seus arquivos de qualquer lugar, eles também podem ser atacados de qualquer lugar. Entre os exemplos estão o ataque à rede do PlayStation, da Sony, e o “pau” na nuvem da Amazon com milhões de usuários solicitando a compra com desconto do disco de Lady Gaga. — Novas tecnologias criam novas vulnerabilidades, e com a nuvem não seria diferente — diz Rafael Sampaio, presidente-executivo da Future Security. — A cloud computing de fato é sem volta, e botar informação sensível nela é como contar um segredo a alguém numa praça pública. É preciso se cercar de cuidados nessa praça: falar numa língua diferente (isto é, usar criptografia), não ficar parado num ponto da praça (isto é, fragmentar os dados), e por aí vai. No Brasil, mais empresas estão usando a nuvem. Estudo da Impacta Tecnologia com 155 profissionais de 143 grandes e médias empresas do país mostrou que mais de 81,5% deles já estavam familiarizados com o conceito (quase 30% a mais que em 2010) e que houve um aumento de 50% no uso do armazenamento de dados on-line. — Assim como os provedores de serviços puseram mais aplicativos e configurações direto na rede para os usuários finais, as empresas passaram a perceber as vantagens da nuvem — diz Nilson Ramalho, gerente de Tecnologia da Impacta. Segundo Ramalho, algumas empresas ainda querem que seus dados fiquem hospedados em servidores no Brasil ou exigem saber onde eles estão geograficamente — mesmo que na nuvem possam ser acessados literalmente do mundo todo. — Mas, à medida que adotam os serviços pagos, que têm cláusula que os obriga a garantir a segurança, a disponibilidade das informações passa a ser a maior preocupação. Apesar de toda a badalação em torno da computação em cloud, um computador com tudo na nuvem ainda é uma experiência relativamente aflitiva. O Chrome OS, sistema operacional on-line do Google, recentemente testado pelo GLOBO, é totalmente baseado no navegador Chrome e não dá colher de chá para salvar nada localmente, só no Google Docs. No início, o usuário fica teclando Alt+Tab para voltar a uma área de trabalho que não existe. Melhor solução parece ter encontrado a Motorola, que usa o smartphone Atrix como alimentador do acessório-notebook Lapdock. Os serviços continuam na nuvem, mas com o conforto visual dos ícones do sistema Android. E isso sem falar do iPad e do iPad 2, da Apple, os tablets líderes do mercado (já foram vendidos mais de 15 milhões em 2010 e, segundo a consultoria Gartner, chegarão a quase 50 milhões este ano). Os tablets combinam nuvem com downloads locais, mas sua chave é, novamente, a disponibilidade da informação. Mistura de vida pessoal e trabalho Para Paula Bellizia, da Microsoft, com a conexão ubíqua à internet, nossas vidas profissionais e pessoais ficarão cada vez menos separadas. — Já uso minha rede social para funções de trabalho, e meu e-mail profissional para algumas coisas pessoais — diz. — E a comunicação entre as diferentes gerações vai se transformar, mudará a forma de dialogar e de escrever (de novo). E isso não quer dizer que nos tornaremos mais superficiais, pelo contrário. Segundo Edison Borges, gerente de Marketing do Windows Intune, aos poucos o desenvolvimento do mercado de telecom e das tecnologias móveis só incrementará os serviços da nuvem. E ela nos levará de modo mais eficaz ao que sempre foi o coração da rede: o compartilhamento. |