A previsão é de que em 2020 sejam gerados 35 zettabytes de informação em todo o mundo
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RIO - Acender uma lâmpada, tomar um banho, ligar para os amigos. Tirar uma foto ou mandar um e-mail. Todas essas ações geram informações que precisam ser armazenadas. De acordo com a consultoria IDC, a cada dois anos a quantidade de dados criados dobra. Atualmente existem cerca de 500 quatrilhões de arquivos no mundo digital. A previsão é que em 2020 sejam gerados incríveis 35 zettabytes, ou 35 trilhões de gigabytes de informação.— Tudo que a gente faz no mundo real tem contrapartida no mundo digital. Desde a hora que acordamos até irmos dormir, estamos criando informação, e esses dados têm que ir para algum lugar — diz a professora da PUC-Rio e responsável pelo centro de pesquisa e desenvolvimento da EMC Karin Breitman.
Além das pessoas, os sensores também contribuem para esse volume imenso. Segundo a pesquisadora, máquinas que coletam dados sismográficos, climáticos, de produção, transações bancárias, entre outros, respondem pela maior parte das informações geradas no mundo e que precisam ser, de alguma forma, arquivadas.
— A gente gera muito mais dados que a tecnologia de hoje consegue dar conta de armazenar — afirma.
Mais do que buscar, filtrar
O desafio para a indústria da tecnologia da informação é desenvolver ferramentas com maior capacidade de armazenamento, mas que garantam também altas velocidades de acesso aos discos.
— A próxima década é a década dos dados. O volume é tão grande que não dá para mover essa informação sem velocidade. O desafio que se impõe é o de input (entrada) e output (saída) — afirma Karin.
De acordo com a pesquisadora, hardware para processamento não é mais problema. É possível colocar vários computadores trabalhando juntos. A questão está no armazenamento. Os produtos mais modernos do mercado, voltados para o setor empresarial, têm capacidade de 5 petabytes (5 milhões de gigabytes). Os discos rígidos para uso doméstico chegam a 5 terabytes, e um celular, a 64 gigabytes, algo impensável há alguns anos.
Mais do que armazenar, os dispositivos devem ser rápidos e potentes o bastante para permitirem cruzamentos cada vez mais complexos. Com mais informações, maiores as possibilidades para o mercado.
— Chegamos a uma época que o processamento, de certa forma, não é tão importante. O que vai definir a informática é como vamos trabalhar com os dados. A gente passou da geração que buscava informação. Agora, é importante filtrar.
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