terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Economia do entretenimento: como novas mídias estão mudando a comunicação das marcas


Um dos setores que mais crescem no mundo é o entretenimento, que vem ganhando grandes oportunidades de expansão e de extrema relevância para a economia contemporânea.
Esse mercado em plena ascensão permite que a comunicação digital transforme o “pensar” em entretenimento, aparecendo os games como maior expoente.
Analisando por meio dos aspectos sociais, o entretenimento popular sempre teve suas raízes no espetáculo. A guerra, a religião, o esporte e outros aspectos da vida pública foram campos férteis para propagação do espetáculo de muitos séculos. Para se ter uma ideia, em 1999 a receita bruta do entretenimento tinha destaque em:
  • Cinema: U$ 15,6 bi
  • TV Aberta: U$ 101,3 bi
  • Games: U$ 16,4 bi
  • Esportes: U$ 130,4 bi
No decorrer das últimas décadas, espetáculos midiáticos tomaram novos espaços e lugares, e o espetáculo “itself” está se tornando um dos principais organizadores da economia, política, sociedade e vida cotidiana. Os eventos midiatizados, como grandes shows e jogos mundiais/olímpicos, e programas socializados, como o “Big Brother Brasil” (BBB), possibilitam um universo de oportunidades na exposição de marcas.
Segundo Douglas Kellner, especialista teórico alemão sobre  alfabetização crítica da mídia,megaespectáculos são aqueles fenômenos de cultura de massa que dramatizam suas controvérsias e lutas, tanto quanto seus modos de resolução de conflitos. Já os espetáculos midiáticos envolvem aquelas mídias e artefatos que incorporam os valores básicos da sociedade e servem para aculturar indivíduos nesse modo de viver proposto.
Falando um pouco de marca, as corporações nesse universo são vistas como espetáculos midiáticos. A publicidade, o marketing, as relações públicas e a promoção são uma parte essencial do espetáculo no mercado global.
Com essa nova configuração da economia do entretenimento, as novas mídias e a convergência ganham um espaço nesse novo negócio, que através de recursos tecnológicos geram novos produtos. O público que acompanha esses novos produtos, os leitores virtuais, são mais imersíveis e querem fazer parte da experiência e sempre querem algo a mais.
Muito se fala de narrativas transmídia, que é aquela que se desenrola por meio de múltiplos canais de mídia – cada um deles contribuindo de forma distinta para a compreensão do universo narrativo. A novela “Passione”, da Rede Globo, é um grande exemplo de narrativa transmídia, onde foi criado um blog ampliado com histórias e situações dos personagens além da TV. Esse tipo de narrativa criou um relacionamento muito mais próximo e rico entre consumidores e os próprios personagens, fazendo com que uma história que começa a ser contada em uma plataforma multimídia, possibilita aos fãs e expectadores interação, e até mesmo, influência nos rumos da narrativa.
Os videogames estão revolucionando a cultura de entretenimento digital e já movimentam U$27 bilhões anuais, mais do que a indústria de Hollywood foi capaz de arrecadar em 2004 em suas bilheterias de cinema.
Enjoy! Aposte em novas formas de comunicação para falar com seu público.  Um vídeo que ilustra um pouco sobre novas mídias é este da campanha Pepsi Twist.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Votacao de lei polemica que pode comprometer a internet e adiada


NOVA YORK. A votação nos Estados Unidos do Stop Online Piracy Act (Sopa), que atinge diretamente gigantes de internet como a Google, foi adiada para 2012. A lei, que pode dar fim a internet como conhecemos hoje, esta em discussao numa comissao na Camara de Representantes do pais, e tem como objetivo reprimir qualquer violacao de direitos autorais na web. Pelo projeto, sites que oferecem download ilegal com arquivos de musicas, filmes, livros e afins, como o Pirate Bay, estao na mira do governo e podem ver o fim de seus servicos caso a lei passe no Congresso americano. Paginas de venda de artigos fisicos considerados piratas (como remedios) tambem sao alvos da lei.
Alem de prever a derrubada dos sites denunciados por troca ilegal de arquivos sob regime de direito autoral ou venda de produtos irregulares, o Sopa exigira que sites de busca na internet, como o Google.com, redes de anuncios on-line, provedores de acesso e empresas de pagamento digital suspendam servicos fornecidos aos sites. Mais ainda, o Sopa pode tornar a internet americana tao vigiada quanto a da China, examinando pacotes trocados entre internautas em buscas de irregularidades. Bastaria a autorizacao de um juiz.
Um combate feroz entre Hollywood e o Vale do Silicio
Grandes empresas de midia tem unido forcas a favor da aprovacao do Sopa mas, na ultima semana, a comissao na Camara se reuniu para discutir emendas, dezenas delas, que foram propostas por defensores da liberdade na internet, estendendo o processo de tramitacao do projeto de lei para o ano que vem. Espera-se que ele so va a votacao em marco.
As empresas de internet temem ser punidas por conteudo considerado ilegal publicado por usuarios de seus servicos. A Google, por exemplo, poderia ser responsabilizada por uma copia em video de um programa de TV ou filme publicado sem autorizacao no YouTube, seu site de videos on-line. Ou, ainda, obrigada a retirar publicidade de um site de venda de remedios considerados pirateados ou com comercializacao proibida, mediante denuncia.
Nao por acaso, a legislacao esta no centro de uma batalha entre os estudios de Hollywood e as empresas de tecnologia do Vale do Silicio.
Legisladores democratas e republicanos que apoiam o projeto descartam acusacoes de censura e dizem apenas que pretendem evitar o comportamento criminoso na web.
Criticos do Sopa, como a Electronic Frontier Foundation, entidade defensora dos direitos civis na internet, apontam que o projeto nao leva em conta a dinamica da grande rede e nao mediu corretamente os impactos da lei num futuro breve. Tecnicamente, derrubar um site por completo requer intervencao em servidores DNS (que controlam os nomes de dominio na internet) - o que nao e uma tarefa simples.
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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O futuro da comunicação é agora


Patrocínio e marketing

QUARTA-FEIRA, 7 DE DEZEMBRO DE 2011


No último mês, participei de uma série de seminários sobre variados temas em torno da internet, redes sociais, marketing e consumidores. Realidade plausível: estamos diante de um panorama mutante.
Mais do que perceber quais serão as inovações que os atuais meios de comunicação (TV, rádio, jornais, revistas, internet) sofrerão daqui por diante, é notar que as pessoas em si estão em processo de mudança, seja pela nova dinâmica político-sócio-econômica, pela redefinição geográfica do planeta do ponto de vista da mobilidade financeira e política, ou mesmo de novos instrumentais – já não tão novos assim (a internet já tem 40 anos, a web 20 anos) que sugerem uma ruptura daquele modelo estático prevalente durante tantos anos, imposto por meio do cinema, mídia impressa, rádio e TV. As pessoas já não querem mais ficar numa posição receptora; querem estar conectadas com o mundo, participando, dando suas versões sobre os fatos, criticando, gerando conteúdo, atuando como verdadeiros atores no palco da internet.
Isto tudo tem uma simbologia maior perante o enigma: como conduzir os negócios daqui por diante? Como tratar as próximas eleições perante um mercado eleitoral em mutação? Como definir as estratégias de marketing para colocar meu clube de futebol na crista da onda? São perguntas básicas de um extenso roteiro de condutas comunicacionais, que estão na pauta do dia. A resposta está onde sempre esteve, não no produto, mas no consumidor.
Certa vez, o MacDonald’s quis aumentar as vendas dos milk-shakes e contratou uma série de pesquisadores para identificar possíveis mudanças no produto, a fim de torná-lo mais atrativo para o consumo: mais doce, mais grosso, mais gelado. Enfim, quase todos os pesquisadores fixaram seus esforços em torno das qualidades do produto, apenas um, Gerald Berstell, ignorou a bebida em si e focou nos consumidores. Sentou-se numa das lojas e ficou por horas a fio estudando o comportamento do cliente comprador de milk-shake. A primeira novidade identificada foi a de que a maior parcela de venda era realizada no período da manhã, por volta das 8 horas, o que contrariava as suposições iniciais, afinal, aquele era o horário do café e ninguém em sã consciência iria optar por uma bebida gelada tão cedo. Engano. Depois outro fato chamou a atenção, as pessoas compravam apenas o produto sem nenhum acompanhamento e saiam rapidamente para seus carros em direção ao trabalho. Foi então que Berstell deduziu que o produto tinha aquela aceitação matutina por não queimar as mãos, enquanto dirigia; não era grosso para dificultar o consumo e nem tão ralo para terminar logo. Em suma, um produto feito para o consumidor dos novos tempos.
Pois é exatamente esse tipo de atitude que muitas vezes falta aos nossos planejadores e estrategistas de comunicação e marketing. Não precisa ficar brigando contra a correnteza. É preciso apenas aprender a ler nas entrelinhas, saber o exato momento de subir às ondas e surfar. Tudo isso está na fonte: o consumidor.
Neste momento, estamos passando por uma grande mudança comportamental no que diz respeito ao consumo de produtos e serviços. A classe C está tomando conta do mercado brasileiro, já são mais de 100 milhões de pessoas (53,9% da população), 56% estão na internet, 50% são usuários de banda larga e respondem por quase 60% de participação nas redes sociais. Quem não souber fazer a leitura adequada desse novo cenário ficará fora do jogo, seja ele no posicionamento de produtos e serviços, nas próximas eleições, nas estratégias de marketing esportivo, ou de qualquer ação que careça da comunicação para seu sucesso.
Por isso devemos apostar as fichas numa maior compatibilidade tecnológica associada às cátedras de comunicação, filosofia, psicologia, sociologia, antropologia. Tudo isso para cada vez mais entender as nuances do mercado e o sentimento do consumidor. Trilhando esse caminho encontraremos os melhores resultados em todos os âmbitos.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

TV Globo: é isso aí !


Boni confessa manipulação do debate Lula x Collor


Para quem ainda tem dúvidas sobre a isenção dos critérios editoriais da toda-toda...


terça-feira, 29 de novembro de 2011

O QUE AS ESCOLAS NÃO ENSINAM – BILL GATES


O reitor de uma Universidade do Sul da Califórnia enviou um e-mail para a Microsoft convidando Bill Gates a fazer um discurso no dia de formatura, incentivando os formandos no início de suas carreiras e, para sua surpresa, Bill Gates aceitou. Esperava-se que ele fizesse um discurso longo, de mais de uma hora, afinal ele é o dono da Microsoft e possuiu a maior fortuna pessoal do mundo! Mas Bill foi extremamente lacônico, falou apenas durante 5 minutos, subiu em seu helicóptero e foi embora.

A seguir, as 11 regras que ele compartilhou com os formandos naquela ocasião:
“- Vocês estão se formando e deixando os bancos escolares, para enfrentarem a vida lá fora.  Não a vida que você querem, não a vida que vocês sonharam ter, a vida como ela é.  Você estão saindo de um mundo educacional que está pervertendo o conceito da educação, adotando um esquema que visa proporcionar uma vida fácil para a nova geração.  Essa política educacional leva as pessoas a falharem em suas vidas pessoais e profissionais mais tarde.  Vou compartilhar com vocês onze regras que não se aprendem nas escolas:
Regra 1: A vida não é fácil.  Acostume-se com isso.
Regra 2: O mundo não está preocupado com a sua auto-estima.  O mundo espera que você faça alguma coisa de útil por ele (o mundo) antes de aceitá-lo.
Regra 3: Você não vai ganhar vinte mil dólares por mês assim que sair da faculdade.  Você não será vice-presidente de uma grande empresa, com um carrão e um telefone à sua disposição, antes que você tenha conseguido comprar seu próprio carro e ter seu próprio telefone.
Regra 4: Se você acha que seu pai ou seu professor são rudes, espere até ter um chefe. Ele não terá pena de você.
Regra 5: Vender jornal velho ou trabalhar durante as férias não está abaixo da sua posição social.  Seu avós tinham uma palavra diferente para isso.  Eles chamavam isso de “oportunidade”
Regra 6: Se você fracassar não ache que a culpa é de seus pais.  Não lamente seus erros, aprenda com eles.
Regra 7: Antes de você nascer seus pais não eram tão críticos como agora.  Eles só ficaram assim por terem de pagar suas contas, lavar suas roupas e ouvir você dizer que eles são “ridículos”.  Então, antes de tentar salvar o planeta para a próxima geração, querendo consertar os erros da geração dos seus pais, tente arrumar o seu próprio quarto.
Regra 8: Sua escola pode ter criado trabalhos em grupo, para melhorar suas notas e eliminar a distinção entre vencedores e perdedores, mas a vida não é assim.  Em algumas escolas você não repete mais de ano e tem quantas chances precisar para ficar de DP até acertar.  Isto não se parece com absolutamente NADA na vida real.  Se pisar na bola está despedido… RUA! Faça certo da primeira vez.
Regra 9: A vida não é dividida em semestres.  Você não terá sempre férias de verão e é pouco provável que outros empregados o ajudem a cumprir suas tarefas no fim de cada período.
Regra 10: Televisão não é vida real.  Na vida real, as pessoas têm que deixar o barzinho ou a boate e ir trabalhar.
Regra 11: Seja legal com os CDF´s – aqueles estudantes que os demais julgam que são uns babacas.  Existe uma grande probabilidade de você vir a trabalhar para um deles.”
Reflita agora sobre as palavras do Bill e pense em como isso se enquadra no conceito de Valor e Honra.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Entrevista Zygmunt Bauman



O Núcleo de Pesquisa em Estudos Culturais através de produção da CPFL Energia e do Fronteiras do Pensamento têm a honra de apresentar um depoimento exclusivo em vídeo do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, gravado em sua casa na cidade de Leeds, Inglaterra, no dia 23 de julho de 2011, pela equipe da CPFL e do Fronteiras.

Bauman nos motivou a encarar um grande desafio contemporâneo: entender as mudanças que o advento da modernidade líquida produz na condição humana. E esse desafio orienta repensamos os velhos conceitos que costumavam cercar as narrativas de nossas vidas. 

Aprendemos com Bauman a tratar com rigor conceitual - reconhecendo a fluidez entre os laços, entre os conceitos e os saberes - temas que ainda não haviam conquistado um estatuto acadêmico claro, como o amor, o medo e a felicidade.

Oferecemos a você este vídeo em que Zygmunt Bauman fala de expectativas para o século XXI, internet, a necessidade de construção de políticas globais, a construção de uma nova definição de democracia, entre outros temas.

Pós-modernidade, interdependência, comunicação, tecnologia, novas identidades, crise ambiente, falência do Estado, democracia, autonomia individual, 

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Como a mídia brasileira sufoca a liberdade de expressão



Vídeo fundamental para entender de uma vez por todas como a oligarquia midiática destrói um dos nossos direitos fundamentais, que é o direito à comunicação. 


Didático, a matéria mostra que a concentração dos grandes veículos de comunicação na mão de poucas famílias beira a monarquia, já que o poder é transmitido de pai para filho. 

Em pleno século XXI, é vergonhoso para o Brasil que a pornográfica distribuição de concessões de rádios e TVs feitas por (e para) políticos e empresários picaretas no século passado ainda renda esse atraso monstruoso da mídia que, a despeito da sua milionária estrutura física e técnica, faz jorrar todos os dias uma programação de péssima qualidade para os brasileiros. E quando alguém ousa "competir" com esse poder midiático (montando, por exemplo, uma rádio comunitária), eis que todo o poder constituído se une (oligarcas da mídia, políticos, governos, ANATEL, polícia, Justiça etc.) para confiscar, prender, multar e processar aquele que cometeu o crime de tentar - como faz a poderosa mídia - se comunicar de forma eficaz com os seus iguais. 

E como mudar tal estrutura se a maioria dos políticos e empresários tem interesse direto ou indireto em deixar tudo do jeito que está? Digo "direto" porque muitos políticos são privilegiados donos de rádios e TVs - e foi exatamente por causa disto que conseguiram se eleger; e digo "indireto" porque a outra parcela de políticos (os que não são donos de veículos de comunicação), certamente recebem apoio daqueles que detém o "poder midiático". 

Este vídeo foi postado originalmente com o nome "Levante a Sua Voz". Eis o crédito do mesmo:

Vídeo produzido pelo Intervozes Coletivo Brasil de Comunicação Social com o apoio da Fundação Friedrich Ebert Stiftung remonta o curta ILHA DAS FLORES de Jorge Furtado com a temática do direito à comunicação. A obra faz um retrato da concentração dos meios de comunicação existente no Brasil.

Roteiro, direção e edição: Pedro Ekman
Produção executiva e produção de elenco: Daniele Ricieri
Direção de Fotografia e câmera: Thomas Miguez
Direção de Arte: Anna Luiza Marques
Produção de Locação: Diogo Moyses
Produção de Arte: Bia Barbosa
Pesquisa de imagens: Miriam Duenhas
Pesquisa de vídeos: Natália Rodrigues
Animações: Pedro Ekman
Voz: José Rubens Chachá

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Os meios e as mensagens


OPINIÃO - 18/11/11
Nelson Motta

Na adolescência fui um leitor apaixonado de ficção científica, viajava para cidades futurísticas em astronaves interplanetárias com armas mortíferas, o radinho de pulso do Dick Tracy era o máximo da tecnologia, só depois viria o telefone com imagem dos Jetsons. Mas nunca li ou ouvi falar de nenhuma fantasia semelhante a uma caixinha chata com uma tela, um teclado e uma câmera, em que se falava com qualquer um no mundo inteiro, de graça, e ainda se via filmes, fotos e quadros, se ouvia a música que se quisesse, se lia e se dava opinião sobre tudo, se comprava o que o seu crédito suportasse. Seria absolutamente inverossímil e risível, sem nenhuma base científica, nem um adolescente idiota do final dos anos 50 acreditaria.
Na juventude distante fui um leitor entusiasmado de pensadores anarquistas, Bakunin, Proudhom, sonhando com um império da liberdade e da responsabilidade individual, com o fim do Estado como pai, mãe, patrão, ou religião. Para Proudhom, ser governado era 'ser observado, fiscalizado, controlado, numerado, doutrinado, avaliado, punido, autorizado, taxado, explorado, corrigido, licenciado, comandado - sob o pretexto da utilidade pública - por criaturas que não têm o direito, nem a sabedoria e nem a virtude para isto'.
Ainda vale o escrito, mas o que Proudhom pensaria no mundo da internet, com sua liberdade sem limites e sem controles do Estado, de monopólios ou burocracias partidárias? Os velhos anarquistas aposentariam as bombas e alistariam hackers libertários?
E Marx? E Freud? E Jung? Que teorias teriam desenvolvido em um mundo com essas liberdades e possibilidades, com o planeta todo interligado e interagindo, sem intermediários, como nem a mais delirante ficção científica ousou oferecer? O que escreveriam Machado de Assis, Eça de Queiroz e Proust com um Google? Que filmes o adolescente Glauber Rocha faria com uma câmera de celular? O que Camões, nas caravelas com seu laptop, postaria em seu blog Lusíadas.com, hospedado em uma nuvem à prova de naufrágio? Que Ilíadas e Odisseias Homero digitaria em seu tablete roubado dos deuses do Olimpo?

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Vivendi retoma negociação para comprar EMI


O Universal Music Group, da Vivendi SA, está em negociações adiantadas para comprar do Citigroup Inc. a divisão de música gravada da EMI Group, passando à frente dos rivais em um leilão do qual recentemente havia se retirado, segundo pessoas a par do assunto.
Há meses o Citigroup vem tentando vender a EMI – tanto sua combalida divisão de gravadora, que abriga grupos como Coldplay e os Beatles, como a divisão de distribuição de música, mais bem sucedida. Depois de um leilão com muita oscilação, pessoas a par do assunto dizem que conversas sérias estão em andamento com a Universal e é possível que um acordo seja assinado ainda esta semana, embora esse prazo possa se dilatar. O principal concorrente da Universal para adquirir a EMI Music, a Access Industries, dona da Warner Music Group, parece resignada a perder o leilão, segundo duas dessas pessoas.
Bloomberg News
Sede da EMI em Londres.
O processo de venda da divisão de gravadora da EMI, que pode alcançar cerca de US$ 1,5 bilhão, já teve muitas reviravoltas desde que foi iniciado pelo Citigroup em junho. Assim, a Universal ainda pode ser superada por um rival – ou o Citigroup pode decidir conservar por enquanto a divisão, que tomou de volta em fevereiro devido ao vencimento do empréstimo obtido pela firma de private equity Terra Firma para comprar a EMI inteira alguns anos atrás.
A volta da Universal ao cenário ocorre depois que a firma francesa chegou a um impasse com o Citigroup, no mês passado, acerca dos passivos de pensão da EMI. Na semana passada o Citigroup cedeu um pouco em sua posição sobre o assunto, o que parece ter reacendido as conversas entre as duas empresas. Em paralelo, a Warner Music, de propriedade do bilionário russo-americano Len Blavatnik, saiu da disputa na semana passada, sem conseguir entrar em acordo com o Citigroup sobre o preço.
A Warner ainda poderia comprar ativos que provavelmente teriam de ser vendidos por uma futura empresa combinando a EMI e a Universal, a fim de satisfazer as regras antitruste, segundo uma das pessoas.
Assumindo que o Citigroup consiga vender a divisão de música gravada, vai então se focar na unidade distribuição de música da EMI, que é mais estável. A divisão de música da Sony Corp. também está competindo por essa unidade, com uma parceria entre a firma de private equity KKR e a Bertelsmann AG. A EMI Music Publishing poderia alcançar até US$ 2 bilhões, segundo pessoas a par do assunto.
Se o Citigroup conseguir vender as duas divisões, isso representaria, de certa forma, um belo triunfo, dado que a turbulência financeira global e os ventos econômicos contrários reduziram o interesse pela EMI, empresa que já foi atingida por uma baixa histórica na indústria da música.
(Colaboraram Max Colchester e Anupreeta Das.)

Deputado cobra limite à participação estrangeira no jornalismo na web


08/11/2011 00h27 - Atualizado em 08/11/2011 00h27

Ruy Carneiro (PSDB-PB) aponta desrespeito a artigo da Constituição.

Segundo ele, descumprimento é ‘grave violação à soberania brasileira’.

Do G1, em Brasília
O deputado Ruy Carneiro (PSDB-PB) criticou nesta segunda (7), em pronunciamento no plenário da Câmara, a operação no Brasil de empresas jornalísticas estrangeiras na internet, em situação de descumprimento do artigo 222 da Constituição.
De acordo com o texto constitucional, a comunicação jornalística no país é reservada a empresas pertencentes a brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos (com pelo menos 70% do capital votante e do capital total), responsáveis pela gestão e pela orientação editorial.
Carneiro afirmou que a chegada de grandes grupos internacionais de comunicação ao Brasil converteu-se em um “cavalo de Troia” e resulta numa “trajetória de desnacionalização” do setor. O deputado também chamou a atenção para “a cooptação e remuneração de forma anômala do exercício da atividade jornalística por fontes amadoras”.
“Essas incursões se alastram no país de forma intensiva nos últimos anos, apostando naquilo que vulgarmente se diz: no Brasil, há leis que pegam, há leis que não pegam. Certamente, para eles, o preceito constitucional do artigo 222 só pegou para a mídia genuinamente nacional”, disse o deputado.
Segundo Carneiro, o texto da Constituição tem alcance “expresso e inconfundível” em relação à prática do jornalismo na internet, classificada por ele como uma entre as plataformas midiáticas.
“Há que se reconhecer que a internet, como uma nova modalidade de veículo de comunicação, para a produção, programação e disseminação de conteúdos noticiosos, não redefiniu nem transpôs o conceito de imprensa nem o de jornalismo. Ao contrário, consubstancia a prática ou o exercício do jornalismo em sua conceituação legal ou técnica, apenas por outra plataforma midiática”, declarou.
O deputado defendeu a proposta da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), que reivindica do governo e do Congresso a regulação da produção de conteúdo de comunicação social para a internet, de modo a limitar a participação estrangeira.
“O descumprimento do marco regulatório vigente no país representa uma grave violação à soberania brasileira”, afirmou.

Metade dos brasileiros já acessa a internet, afirma pesquisa da Fecomércio-RJ


Publicada em 08/11/2011 às 16h18m, O Globo

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 RIO - Impulsionado pela forte venda de computadores no país, o percentual de brasileiros que acessam a internet quase dobrou de 2007 até hoje, saltando de 27% para 48%, mostra pesquisa nacional feita pela Fecomércio-RJ em parceria com a consultoria Ipsos.
O acesso à rede também se tornou mais frequente. Entre os brasileiros conectados, 47% disseram que acessam a internet todo dia. Um terço deles se conecta mais de uma vez por semana, enquanto 12% disseram que não passam uma semana sem entrar na rede.
A cada acesso, 23% dos brasileiros ficam, em média, de duas a quatro horas conectados; 55% ficam de meia hora a duas horas; e 14% não passam de meia hora na rede quando acessam.
O boom da internet no Brasil é resultado, concluiu o estudo, de uma conjuntura econômica favorável, do incentivo governamental e do avanço da tecnologia. Além de a renda do brasileiro ter aumentado, os computadores ficaram mais baratos por cauda dos saltos tecnológicos, do dólar mais baixo e da isenção de impostos.
A melhoria das condições econômicas da população também refletiu em outro aspecto do acesso à rede: os brasileiros estão comprando mais pela internet. O percentual dos consumidores digitais subiu de 13% em 2007 para 20% este ano. No varejo virtual, a preferência nacional é por eletrodomésticos (36% dos produtos comprados), CDs e DVDs (20%), livros (16%) e ingressos para cinema, shows etc. (7%).
Dezenove por cento dos internautas afirmaram ter gastado mais de R$ 1 mil em compras on-line este ano; 22% afirmaram ter desembolsado entre R$ 100 e R$ 200; 21%, de R$ 200 a R$ 500; e 19% até R$ 100.
Na internet, a grande maioria dos brasileiros compra com cartão de crédito (66%). O boleto bancário é preferência de 28% dos internautas, enquanto a utilização do débito em conta é rara (3%).
A pesquisa entrevistou mil pessoas em 70 cidades brasileiras.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/tecnologia/mat/2011/11/08/metade-dos-brasileiros-ja-acessa-internet-afirma-pesquisa-da-fecomercio-rj-925755004.asp#ixzz1dCSSLI8v 
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