NOVA YORK — O magnata Rupert Murdoch confirmou na quinta-feira que a News Corp, seu conglomerado de mídia avaliado em US$ 54 bilhões, iniciará um plano para separar o grupo em duas divisões de negócios. Uma delas abrangerá o negócio de entretenimento, mais lucrativo, incluindo as empresas de cinema e TV, como o estúdio 20th Century Fox, a rede de TV Fox e o canal de notícias Fox News. Essas empresas tiveram receita de US$ 23,5 bilhões no ano passado.
A segunda divisão, que gerou uma receita de US$ 8,8 bilhões em 2011, é a de produção editorial, que abriga empresas como a editora HarperCollins, o braço educacional liderado por Joel Kline e jornais como “The Wall Street Journal”, o “Times of London”, o “Sun”, o “New York Post” e “ The Australian”. Segundo analistas da Barclay Capital, este setor, incluindo o de serviços integrados de marketing, é responsável por cerca de 7% do valor empresarial da News Corp.
Em um comunicado, a empresa disse que a divisão seria concluída dentro dos próximos 12 meses, com Murdoch ocupando os cargos de presidente de ambas as empresas e de chefe-executivo do negócio de entretenimento. Chase Carey permaneceria diretor de operações também para o grupo de entretenimento.
Nos próximos meses, o conselho de administração vai decidir quem vai liderar a divisão editorial.
“Nós reconhecemos que ao longo dos anos a News Corp coleciona uma grande quantidade de ativos que tornaram-se cada vez mais complexos de administrar”, disse Murdoch. “A criação dessa nova estrutura vai simplificar bastante as operações, tornando as divisões bem mais compatíveis com as prioridades estratégicas”.
Negócio precisa ser aprovado por reguladores
Em um memorando aos funcionários, Murdoch citou o “espírito de inovação” da empresa na decisão.
“Através desta transformação, vamos libertar e dinamizar o verdadeiro potencial (dos nossos jornais), e seremos capazes de articular melhor o verdadeiro valor que possuem para os acionistas”, afirmou Murdoch, dizendo ainda que espera enfrentar críticas pela decisão depois do escândalo de grampos telefônicos envolvendo o “News of the World”.
A reestruturação ainda precisa de aprovação final do conselho da companhia em 2013. Na noite de quarta-feira, foi dada uma espécie de aprovação inicial durante uma reunião.
O negócio como um todo, além disso, também precisará ser aprovado pelos órgãos regulatórios governamentais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário