terça-feira, 16 de abril de 2019

Nielsen: sem didáticos, varejo tradicional de livros cai 25,42% em março

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No acumulado do ano, queda no faturamento de livrarias monitoradas pelo instituto de pesquisa é de 21,18%
Nielsen detectou queda importante tanto em faturamento quanto em volume nas vendas de livros nos estabelecimentos que monitora | © Redes sociais da Saraiva
Nielsen detectou queda importante tanto em faturamento quanto em volume nas vendas de livros nos estabelecimentos que monitora | © Redes sociais da Saraiva
Desde abril de 2015, a Nielsen e o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) realizam mensalmente o Painel das Vendas de Livros no Brasil, que vem mostrando a evolução do comércio de livros nos estabelecimentos monitorados pelo instituto de pesquisa. Os dados são coletados diretamente no caixa das livrarias, e-commerces, supermercados e lojas de autoatendimentos monitoradas pela Nielsen (veja a lista no fim desta matéria). Nunca é demais repetir, portanto, que vendas realizadas em outros canais não fazem parte desta pesquisa.
Dito isso, vamos aos resultados do último Painel, referente ao período que vai de 25 de fevereiro a 24 de março. O mês continua refletindo a crise das duas principais varejistas do país: Saraiva e Cultura, ambas em recuperação judicial. Com o fechamento de unidades e o desabastecimento, sobretudo dos livros didáticos que acharam outros caminhos para chegar às mãos dos alunos, as varejistas monitoradas pela Nielsen (perdão pela redundância, mas é preciso repetir que os resultados refletem apenas as vendas feitas nestes canais) apresentaram queda nominal (não considerando a inflação no período) de 25,42% no faturamento e de 30,25% em volume. No mês, foram vendidos 2.943.703 exemplares o que redundou em faturamento de R$ 134,6 milhões. Em relação a igual período de 2018, foram 1.276.438 exemplares a menos e deixou de entrar no caixa desses estabelecimentos R$ 45,8 milhões.
No acumulado do ano, a perda nominal é de 21,18% em faturamento e de 22,5 em volume. Em números absolutos, foram vendidos 9.329716 exemplares e o faturamento foi de R$ 463,6 milhões.
Esse rombo é explicado primeiro pela ausência dos livros didáticos cujas vendas decresceram 32% em receita se comparado com o mesmo período de 2018. E mais, no ano passado, o mercado livreiro parecia ter encontrado duas novas datas para o seu calendário: o Dia Internacional da Mulher e o Dia do Consumidor, com aumento das vendas mediante descontos promocionais agressivos. A julgar pela queda do nível de descontos (de 22,2% no ano passado para 15,6% agora), essas datas não fizeram muita diferença em 2019.
Clique aqui para baixar a íntegra do Painel.
Varejistas que compõem a lista de estabelecimentos monitorados pela Nielsen:
Livrarias e e-commerces
  • Amazon
  • Americanas.com
  • Cia dos Livros
  • Disal
  • Escariz
  • Leitura
  • Livraria Cultura
  • Livraria da Vila
  • Livrarias Curitiba
  • Nobel
  • Saraiva
  • Shoptime
  • Submarino
Supermercados e lojas de Autoatendimento
  • Angeloni
  • Big
  • Bom Preço
  • Carrefour
  • Coop
  • Extrabom
  • Grupo Pão de Açúcar
  • Lojas Americanas
  • Mercadorama
  • Nacional
  • Supermercados Imperatriz
  • Walmart

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