O país contava até o fim de abril com 16,97 milhões de domicílios com TV por assinatura. Somente no mês passado foram adicionados à rede 160,4 mil novos assinantes. Os dados foram divulgados ontem (quarta,5) pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).As regiões com maiores índices de crescimento do serviço foram a Centro-Oeste, 1,49%, com mais 17.013 novos assinantes de TV paga; seguida pela Sul, com 1,44% (36.317 usuários); a Norte, 1,20% (8.794 clientes); Nordeste, 1,16% (25.531); e a Sudeste, 0,72% (74.693).
Se for considerado o número médio de 3,2 pessoas por domicílio, divulgado pelo IBGE, os serviços de TV paga já são distribuídos para cerca de 54,3 milhões de pessoas e estão presentes em 28,1% das residências do país.
A Net/Embratel, do grupo América Móvil, contava até o final de abril com 8,842 milhões de clientes, enquanto a Sky/DirectTV tinha 5,342 milhões de assinantes. A Oi vinha em seguida, com 857.313 clientes; a Telefonica prestava serviço para 532.033; a GVT tem 500,9 mil clientes; a Algar 126,2 mil; e a ViaCabo 111,3 mil. Os outros grupos atendem a 656,7 mil residências.
Os serviços de TV por assinatura via satélite (DTH) representavam em abril 60% do mercado ou 10,524 milhões de consumidores. A segunda mais procurada é a TV a cabo que detinha 37,6% da preferência, com 6,375 milhões dos assinantes
Aumento de reprises
O secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura (MinC), Leopoldo Nunes, admitiu ontem, no Fórum Brasil de Televisão, que os telespectadores terão de se acostumar a ver um volume maior de reprises a partir de setembro, quando os canais de séries e filmes terão de transmitir no mínimo 3h30m de conteúdos nacionais em horário nobre. Segundo ele, as programadoras e produtoras estão se "acomodando a essa nova realidade" e o volume de programas reprisados tende a diminuir com o passar do tempo.
Na terça-feira, o presidente da Agência Nacional de Cinema (Ancine), Manoel Rangel, demonstrou preocupação com o ritmo do desenvolvimento de conteúdos nacionais e lembrou que a produção brasileira, que nos últimos anos foi de 400 horas anuais, terá de quintuplicar, atingindo 2.000 horas para atender à nova carga prevista pela lei. Ele também disse que a Ancine vai fiscalizar de perto para que "a lei não se dê à custa de reprises".
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