Agência é a segunda maior em comunicação corporativa do país João Sorima Neto
O Grupo ABC, do publicitário Nizan Guanaes, vai anunciar até setembro a compra da CDN, segunda maior agência de comunicação corporativa do país, que teve um faturamento de R$ 88 milhões no ano passado. A negociação durou cerca de oito meses e chegou ao fim na semana passada. Os advogados das duas partes trabalham na redação do contrato. O conglomerado de Guanaes ficará com pelo menos 51% da CDN, o que lhe dará o controle da agência. O valor do negócio não foi divulgado.
Segundo pessoas que acompanharam a transação, na semana passada foram superadas as dificuldades que travavam a operação. Nos últimos meses, a CDN foi analisada em due dilligence, uma espécie de auditoria, para que fosse verificado o faturamento da agência. Há duas semanas, com os rumores da venda, o jornalista João Rodarte, sócio-fundador da CDN, enviou e-mail a funcionários informando que as negociações com o Grupo ABC existiam e estavam adiantadas. Ele disse, entretanto, que a venda ainda não estava concluída.
A CDN foi fundada há 25 anos, tem 400 funcionários e mais de cem clientes, como Banco do Brasil, Braskem, Cutrale e Febraban. No faturamento do setor, a CDN só fica atrás da FSB, com receita de R$ 145 milhões em 2012, segundo o Anuário Brasileiro da Comunicação Corporativa.
Já o grupo ABC tem 15 empresas e segundo a Advertising Age, um anuário especializado em marketing e mídia, teve uma receita de US$ 434 milhões (mais de R$ 860 milhões) no ano passado, aparecendo como a 18ª maior empresa da publicidade do mundo. Com a aquisição da CDN, o grupo ABC finca sua bandeira nos segmentos de assessoria de imprensa e comunicação corporativa.
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