terça-feira, 6 de agosto de 2013

O desafio dos jornais familiares nos EUA



O "New York Times", dos Sulzberger, é um dos últimos com esse modelo
A venda do "Washington Post" revela uma nova configuração da indústria de jornais
nos EUA: será o fim dos negócios familiares? Por oito décadas, ou quatro gerações, o
diário foi comandado por membros da família Graham, mas as dificuldades enfrentadas
pela indústria nos últimos anos forçaram a venda. Nos últimos 20 anos, é longa a
lista de publicações tradicionais que foram negociadas por famílias que as mantinham
havia gerações. Entre elas, destaque para o "Los Angeles Times", dos Chandlers, e o
"Wall Street Journal", dos Bancrofts. O "New York Times" é um dos últimos grandes
jornais americanos mantidos pela mesma família - os Sulzberger - há gerações, mas
também enfrenta problemas. No último sábado, o grupo anunciou a venda do "Boston
Globe" para o dono do time de beisebol Boston Red Sox por US$ 70 milhões. Em 1993, o
diário foi adquirido por US$ 1,1 bilhão. Com a concorrência da internet, os jornais
impressos dos EUA viram a circulação despencar ao longo das últimas décadas. Em maio
deste ano, a circulação do "Post" foi praticamente a metade da registrada no pico de
1993, de 830 mil exemplares diários vendidos. - Com o negócio de jornais trazendo
continuamente questões para as quais não temos resposta, comecei a me questionar se
a nossa pequena companhia ainda era a melhor casa para o jornal - afirmou Donald
Graham, diretor executivo da Washington Post Co.

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